A Emilly Viega tem 16 anos e compareceu, na manhã dessa quinta-feira (3), na ESF II do bairro Santa Rita, em Valadares, para receber a 2ª dose da vacina Pfizer. A jovem estava acompanhada da mãe, que receberia a 3ª dose da imunização. Mas ao saber que seria imunizada com uma outra vacina, a mulher ficou com receio de sofrer efeitos colaterais e não tomou.
No entanto ao contrário da mãe, a jovem não se preocupou com qual vacina estaria recebendo. Para Emilly Viega, motivo de medo é não se vacinar.
Uma das enfermeiras que atendiam no local disse que casos como o da mãe de Emilly Viega são muito comuns desde o começo dos trabalhos de vacinação. A profissional relata como a circulação de informações de caráter duvidoso nas redes sociais dificulta o trabalho da Saúde: “A gente não tem como obrigar. A internet dificulta muito. Muitas pessoas falam que teve óbito por vacina; a gente fala que não teve. Eles acham que ficamos escondendo”, comenta.
Então além do medo de receber determinadas doses, a enfermeira conta que muitas pessoas querem escolher a vacina. “Aqui, quando começou, todo mundo queria a Pfizer. Igual o caso desta dona”, lembra. Mas sobre os efeitos colaterais que podem surgir, a enfermeira assegura que são sintomas simples, como dor no corpo ou mal-estar momentâneos que, em caso de demora, se resolvem com medicamentos.
O casal Albertino Fernandes e Jéssika Fernandes (de 27 e 26 anos) também compareceu no posto de saúde para se vacinar com a 3ª dose.
“Eu acreditei na ciência. Apesar de algumas pessoas falarem que não têm eficácia, a gente vê que tem resultados comprovando isso”, disse Albertino Fernandes.
Vacinação de crianças
Enquanto ainda tem muita gente grande com medo de completar o esquema vacinal, a pequena Stella Félix, de 9 anos, estava ansiosa para receber a imunização pela primeira vez. Contudo apesar do nervosismo, ela não escondia a vontade de se vacinar. “Estou muito nervosa, é a 1ª dose. Mas vai dar tudo certo, se Deus quiser”.
Demanda de crianças ainda é baixa
De acordo com a equipe de imunização, a demanda de crianças ainda está baixa. A enfermeira da ESF II do Santa Rita, Francine Benini, informa que já está disponível também a 4ª dose e ainda dá mais detalhes sobre a vacinação nos bairros:
“Todos os usuários com 5 anos ou mais podem procurar as unidades de saúde para receberem tanto a 1ª quanto a 2ª, 3ª e, agora, a 4ª dose também. Não existe vacina melhor. A vacina melhor é a que está no momento para o usuário tomar. Portanto todas as vacinas têm a mesma eficácia”, reforça a profissional.
A ESF II do Santa Rita está localizada na avenida Washington Luiz, ao lado da Escola Estadual Pedro Ribeiro Cavalcante. Portanto para mais informações, consulte a unidade de saúde do seu bairro ou vá à sala de vacinação da Policlínica (rua São João, nº 284, Centro).