Até esta sexta-feira (12) serão capacitados professores e monitores das redes municipal e particular de ensino
O curso de Primeiros Socorros para os profissionais da Educação da rede municipal e particular de Ensino Infantil, além de Creches de Governador Valadares, começou nesta quarta-feira (10).
Desse modo, em torno de 600 profissionais, divididos em três turmas, passaram pela capacitação. A equipe do NEP (Núcleo de Educação Permanente), órgão do Consurge (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência e Emergência da Região Leste de Minas), aplicou as atividades em atendimento à Lei Lucas, que determina a preparação de escolas públicas e privadas, além de espaços de recreação infantil para atendimentos em caso de emergência.
A capacitação vai até o dia 12 (sexta-feira) para os profissionais da rede particular. Assim sendo, professores e monitores aprenderão noções e técnicas de socorro nas mais diversas situações, como fraturas expostas, desmaios, choque elétrico, engasgos, obstrução de vias aéreas, fratura de clavícula, parada cardiorrespiratória, envenenamento por plantas, picadas de insetos peçonhentos, queimaduras. Além de outras abordagens de socorro.
O evento acontece no auditório da Região Integrada de Segurança Pública (RISP), entre às 8 horas às 11 horas. O objetivo é se estender a todos os municípios filiados ao Consurge, a fim de atender as escolas. Essa mesma capacitação aconteceu no ano passado (26/10/2022) para centenas de professores da rede infantil do Vale do Aço.
Capacitação está amparada na Lei Lucas
A capacitação dos profissionais da Educação da Rede Infantil está amparada na Lei Lucas (13722/18), sancionada no dia 04/10/2018. Essa lei obriga as escolas, públicas e privadas, além de espaços de recreação infantil, a se prepararem para atendimentos de primeiros socorros.
Essa lei ficou em evidência após um acidente que ocorreu com Lucas Begalli, de apenas 10 anos de idade. A criança sofreu uma asfixia ao se engasgar com um pedaço de salsicha, durante passeio escolar, e não resistiu.
Essa fatalidade certamente poderia ter sido evitada se houvesse preparo e treinamentos periódicos pelas pessoas responsáveis pelo evento. Por causa do seu filho único, Alessandra Begalli – mãe do menino Lucas – se mobilizou para lutar por uma causa até então inexistente na legislação brasileira. Ela não se conformou com a situação de morte do filho. Afinal, se houvesse pessoas treinadas na escola — pelo menos para os primeiros socorros — ele poderia ter sido salvo. Assim surgiu a Lei Lucas.
*Com informações da Assessoria de Comunicação e Imprensa do Consórcio Intermunicipal da Rede de Saúde de Urgência e Emergência do Leste de Minas (Consurge)