O Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Queijo Cabacinha será apresentado nesta quinta-feira (25/11), em Itaobim, no Vale do Jequitinhonha. O documento vai subsidiar a criação de uma regulamentação para o produto, típico da região. A expectativa é incentivar a agregação de valor deste tipo de queijo e facilitar a comercialização.
O presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Otávio Maia, participa do evento, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) do município, na avenida São Roque, 872.
“Com a publicação do regulamento técnico do queijo cabacinha, os produtores poderão registrar suas queijarias e, com isso, comercializar seus queijos fora dos municípios onde são produzidos e em outros estados do Brasil, tendo oportunidades e ganhos em seus negócios. A formalização inspira confiança no consumidor, fortalece a cadeia produtiva e promove a qualidade do produto”, explica a coordenadora técnica regional da Emater-MG em Almenara, Luziane Dias de Oliveira.
Tradição
O queijo cabacinha é produzido artesanalmente por agricultores familiares e, além de ser um dos expoentes da cultura gastronômica mineira, tem grande relevância socioeconômica para a região Nordeste de Minas Gerais.
Produzido a partir do leite cru, acrescido de coalho e fermento láctico, o queijo é moldado manualmente em um formato que se assemelha a uma cabaça, o fruto da cabaceira, que, quando maduro, é utilizado como recipiente e para a fabricação de instrumentos musicais. Depois de salgado em uma salmoura, o cabacinha é pendurado para se secar e maturar durante sete dias.
Reconhecimento
Em 2014, a Emater-MG realizou o estudo de caracterização do queijo cabacinha em cinco municípios: Cachoeira do Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina e Pedra Azul. Essa região foi reconhecida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) como produtora do queijo cabacinha, por meio da Portaria IMA nº 1403. Depois, outros quatro municípios solicitaram a inclusão na região produtora: Divisópolis, Jequitinhonha, Joaíma e Ponto dos Volantes. Foi, então, realizada uma nova caracterização, reconhecida pelo IMA, em 2021, por meio da Portaria IMA nº 2087.
O trabalho de caracterização realizado pela Emater-MG envolve o diagnóstico da forma de produção e os levantamentos histórico, cultural e da caracterização integrada do meio físico. Além das contribuições na caracterização das regiões produtoras do queijo, a Emater-MG orienta os produtores no processo da implantação das boas práticas agropecuárias e boas práticas de fabricação, e na legalização das queijarias. (Agência Minas)