Neste mês de fevereiro o Instituto Estadual de Florestas (IEF), juntamente com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), iniciou o primeiro Plano Regional de Manejo Integrado do Fogo de Minas Gerais. O projeto será em três Unidades de Conservação no Vale do Jequitinhonha: os parques estaduais do Rio Preto, Pico do Itambé e Serra do Intendente.
A expectativa é que o plano dure 12 meses. O Manejo Integrado do Fogo (MIF) tem o objetivo de combater e prevenir incêndios florestais, além de controlar as chamas, caso haja propagação.
Em Minas Gerais, a prática é regulamentada desde 2020, por meio do Decreto Estadual. A norma permite o Manejo Integrado do Fogo, desde que sejam adotadas as medidas prévias necessárias, para a proteção dos recursos hídricos, da fauna e da flora da área.
De acordo com estudo realizado pelo Instituto Sociedade, há uma redução de 57% da área queimada por incêndios florestais após implementação do MIF. Desde 2013 a Gerência de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio) do IEF está trabalhando para a regularização em maior escala do Manejo Integrado do Fogo em Minas Gerais.
“Precisamos desmistificar o senso comum de que fogo é apenas destruição. Desde que utilizadas de forma consciente e planejada, as queimas controladas impedem que incêndios florestais se tornem desastres de grandes proporções, além de restaurar a dinâmica ecológica de ecossistemas onde o fogo é um agente ecológico presente em sua evolução”, afirma Rodrigo Zeller, analista ambiental da Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade (URFBio). Além disso, segundo ele, esse projeto-piloto coloca Minas Gerais na frente em ações de combate a incêndios florestais.
Segundo a diretora-geral do IEF, Marília Amélia Lins, o intuito é em breve estender a iniciativa às demais regionais do Estado, a partir da experiência no Jequitinhonha.
