GOVERNADOR VALADARES – O prefeito de Governador Valadares, Coronel Sandro (PL), reuniu jornalistas em uma coletiva de imprensa, onde apresentou, ao lado de todos os secretários e alguns vereadores, o balanço dos 100 primeiros dias do atual governo. Durante a reunião foi ressaltado um início conturbado, porém, ágil da nova gestão, enfrentando grandes desafios administrativos e financeiros, e concentrando esforços para reorganizar a estrutura da prefeitura, equilibrar as contas e garantir a volta de serviços essenciais.
Sandro destacou a análise da cidade e informou que, em 100 dias, foram realizadas várias ações emergenciais, em diferentes vertentes, e ainda há vários projetos em andamento.
“A gente buscou primeiro estabelecer e iniciar diagnósticos em todas as áreas. [Queríamos] saber como que funciona, como é que são os processos administrativos, para fazer com que o serviço chegue à ponta, para atender aquele que é o destinatário, que, principalmente, são os valadarenses que têm mais carências em todas as áreas. E a gente está nesse rumo para identificar e poder fazer com que um serviço prestado por determinado servidor seja muito mais eficiente do que ele é hoje. Que ele chegue a muito mais pessoas do que ele chega hoje. Isso, infelizmente, ainda não acontece”, explicou o prefeito.
Entre os pontos emergenciais citados pelo prefeito foi a necessidade de criar um canal de comunicação para que os valadarenses possam encaminhar as demandas das comunidade e, desse modo, tornar o trabalho realizado pelas secretarias mais assertivos. O projeto já começou a ser elaborado. “Houve um lugar comum das pessoas encaminharem a reclamação, falta de médico, o exame não aconteceu, o buraco na rua, o cano da água que está furado, quebrado, então a gente tem feito isso. Então a gente está nesse processo para melhorar esse contato entre a administração pública e a pessoa que está lá na ponta da linha. O ideal no futuro é que a reclamação dela, quando acontecer, furou o cano aqui na rua, já chegue imediatamente a equipe que vai estar na rua atendendo a isso. Nós estamos um pouco atrasados, para não dizer muito”, pontuou Sandro.
Saúde
A saúde foi um dos principais eixos da coletiva e o ponto com mais queixas da população. Depois de decretar situação de emergência no início deste ano, Sandro falou sobre os mutirões realizados e alto investimento em medicados e insumos, que chegaram a R$ 5,2 milhões em quatro meses de governo.
“A gente sabia que tinha uma demanda reprimida de muitos procedimentos, consultas com especialistas, como cardiologia, psiquiatria e outras especialidades mais complexas. As pessoas não conseguiam marcar essas consultas e alguns exames, principalmente nos mais complexos, e não marcava. Tinha gente esperando três anos, dois anos, a gente fez um mutirão para marcar procedimentos e tivemos mais de 10 mil atendimentos. É algo que eu considero um absurdo; alguém deixar a saúde de um município tão grande como esse em uma situação dessa”.
Viaduto do Filadélfia
Nas últimas semanas o viaduto do Filadélfia, localizado na rua Israel Pinheiro, voltou a ser interditado devido aos riscos apresentados em sua estrutura. A ação ocorreu após um laudo técnico indicar risco iminente de desabamento da estrutura, como medida preventiva para evitar acidentes.
“A gente tem vários laudos daquele viaduto que todos eles, de uma maneira geral, indicam um grau de periculosidade de desabamento. Em decorrência disso, eu fiz a análise de vários laudos que foram emitidos por engenheiros aí, desde 2019. O primeiro laudo, que determinou a interdição de uma das vias e, posteriormente, fiz a interdição total. Porque realmente tem o risco de desabamento. A empresa está fazendo um projeto para identificar o que precisa ser feito para reparar, para colocá-la em condição de uso novamente, já fez a análise visual e local. [Ela] está voltando agora com equipamentos, porque a situação, segundo as informações preliminares deles, é muito mais grave do que os laudos apontavam”.
Questionado sobre o início das obras, o prefeito salientou que é necessário finalizar o estudo do local para, enfim, contratar a empresa que comandará a reforma.
“Tem como apressar? Não tem. Isso acontece no tempo certo. Porque a empresa que está fazendo o laudo e indicando como vai consertar, como vai fazer essa reconstrução dos reparos. Ela (a empresa) tem que ser precisa, porque ela tem responsabilidade futura solidária. Se ela manda fazer o determinado reparo da forma que ela estabeleceu nos laudos e é feito e acontece algum problema, a responsabilidade é dela. Então é por isso que tem que ter um tempo certo para a coisa acontecer. É uma obra complexa”, explicou.
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E o Prefeito nada falou sobre o possivel viaduto que a VALE iria construir no lugar do atual mergulhão?