O prefeito de Governador Valadares, André Merlo (PSDB), vetou o aumento do preço da passagem de ônibus proposta pela empresa Mobi, que opera no município. A concessionária solicitou que a tarifa, que hoje custa R$ 4,30 para pagamento em dinheiro, fosse para R$ 4,67, mas o aumento não foi autorizado. A planilha de custos solicitando a correção da passagem alegava, além dos custos operacionais para a manutenção do serviço, uma queda do número de passageiros e aumento com as despesas com salários e benefícios dos funcionários.
O prefeito André Merlo explica que diversas ações realizadas pela gestão favoreceram o veto, sem trazer prejuízos para a qualidade da prestação do serviço. “Fizemos de tudo para que o preço da passagem não subisse este ano. Implantamos o corredor exclusivo para os ônibus, que torna as viagens mais rápidas; criamos a integração de linhas; exigimos medidas de modernização operacional, que usam tecnologias e aplicativos que descartam custos desnecessários. Com tudo isso, não justifica darmos o aumento pedido pela empresa Mobi. Conseguimos pressionar a planilha de custos para baixo, o que nos possibilitou manter a tarifa sem nenhum acréscimo”, garante o prefeito.
Além disso, ele acrescentou que a prefeitura tem mantido, desde o ano de 2018, o valor da tarifa por meio de bilhetagem eletrônica (cartão) em R$ 3,75, medida que, sem desprezar a necessidade de manter o equilíbrio da equação econômico-financeira do contrato de concessão, em vista dos custos operacionais do serviço, vem ao encontro das necessidades da população usuária do sistema, em respeito ao poder aquisitivo dela. A prefeitura cita ainda que nesta gestão a administração tem feito exigências importantes para a Mobi, que são:
Renovação de 100% da frota, sendo 20% no ano passado e o restante ao longo dos próximos três anos e meio;
Aumento de 5% no número de veículos para atender às principais demandas dos passageiros, de demora e lotação, especialmente nos horários de pico;
Novos ônibus com a tecnologia Euro 5, que reduz em até 80% a emissão de poluentes;
Ônibus com cinco letreiros eletrônicos para que os usuários possam identificar as linhas de qualquer ângulo de visão;
Aplicativo GV Bus, desenvolvido pela própria empresa, com informações de itinerários e horários, com funcionamento autorizado por decreto.
Novas linhas e itinerários (incluindo a linha especial para a Ibituruna), instalação de internet e ar-condicionado, e a implantação do dispositivo sonoro. São medidas que exigem estudos mais complexos, inclusive de custos, e devem ser implantadas em médio e longo prazo.
Abertura de mais postos de atendimento para compra e recarga dos cartões eletrônicos, triplicando o número já existente e facilitando a vida dos passageiros que optarem por esta modalidade de pagamento. Antes havia apenas dois postos: um na Praça dos Pioneiros e outro na empresa Mobi. Agora são nove, em locais como: Quiosque da Fadivale, Barraca do Léo, Drogaria Niquinho, Koisa Nossa do bairro Ipê, entre outros. Além disso, em 2019 as recargas foram disponibilizadas também pelo aplicativo e pelo site da empresa.
Mobi
Procurada pelo DRD e questionada se já havia sido comunicada oficialmente pelo município sobre a ausência de reajuste, a empresa concessionária, Mobi Transporte Urbano, disse apenas que não iria se manifestar.