Neste ano a data marca os 40 anos das mulheres na corporação
No Dia do Policial Militar Feminino de Minas Gerais, comemorado nesta quarta-feira (1), a equipe do DRD conversou com mulheres que atuam como policiais militares em Governador Valadares.
Nessa mesma data, em 1981, a primeira turma de mulheres ingressava na Polícia Militar de Minas Gerais.
O trabalho historicamente exercido por homens nunca foi um obstáculo para muitas mulheres que sonham em seguir a carreira militar. Mesmo com as dificuldades da profissão, a sargento Betânia Leonardo conta que trabalhar como policial era um sonho desde a adolescência.
“Na minha adolescência eu já falava que queria ser policial, mas, como toda adolescente costuma ser indecisa, meus pais não acreditavam muito. Quando eu passei em todos os testes e fui chamada para ingressar, veio a certeza. Então meus pais me disseram para ser feliz, me comportar e vencer, já que o sonho estava se realizando, para ter a certeza de que era isso mesmo que eu queria”, disse a sargento, na PM há 26 anos.
Valadarense, Betânia revela que uma das principais dificuldades no início da profissão foi o fato de ter sido nomeada para a PM em outra cidade e de ter que se adaptar à função longe da família.
“Como ingressei na cidade de Poços de Caldas, fora desta minha cidade de Governador Valadares, a primeira dificuldade foi ficar fora de casa, morar em outra cidade sem conhecer nada e ninguém. Chegar a um lugar do qual nada se sabe, juntamente com vários outros, sem sequer um conhecer o outro, foi difícil. Confesso que chorava todos os dias e me perguntava ‘será que vou suportar ficar longe da minha família?‘”, relata.
Motivo de orgulho e gratidão
Há 13 anos trabalhando como policial, a cabo Emília Alves afirma que servir à sociedade se tornou um motivo para acreditar em sua capacidade de vencer as dificuldades da vida.
“Servir na Polícia Militar me proporciona todos os dias acreditar que sou capaz de vencer a intempéries da vida e me sentir parte daqueles que trabalham por uma sociedade melhor. Quero agradecer às PM’s femininas que vieram antes de mim e desbravaram os primeiros caminhos”, declarou.
Força e leveza
A capitã Dalila Andrade Pereira ingressou na Polícia Militar em 1993. Para ela, com o tempo, é possível notar que a presença de mulheres na corporação trouxe força e leveza para os cargos, sendo um ponto positivo para toda a sociedade.
“Tenho muito orgulho de fazer parte de uma Corporação composta por homens e mulheres valorosos. Comemorar, hoje, 1º de setembro de 1981, os 40 anos de inclusão da mulher na Polícia Militar Minas Gerais é motivo de muita alegria e de agradecimento, primeiramente a Deus, e a todos aqueles que, desde o ano de 1981, perceberam que a nossa presença, o nosso profissionalismo, a nossa dedicação, a nossa força e, ao mesmo tempo, a nossa leveza, têm contribuído para o fortalecimento dos valores e objetivos propostos para o cumprimento de nossa missão institucional, sempre em prol da sociedade.”