Segundo a PCMG, empresários de mineração causaram prejuízo de R$ 14 milhões aos cofres públicos
CORONEL MURTA – A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, na manhã desta terça-feira (21), 13 mandados de busca e apreensão contra quatro pessoas e nove empresas do ramo de mineração. A operação, que conta com apoio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Secretaria de Estado da Fazenda, investiga um possível esquema de sonegação fiscal por parte dos denunciados. O cumprimento dos mandados ocorreu no município de Coronel Murta (Vale do Jequitinhonha) e na capital Belo Horizonte.
De acordo com a polícia, as investigações apontam que o grupo empresarial não cumpre com o pagamento do tributo declarado. Dessa forma, segundo a PCMG, os investigados causaram prejuízos aos cofres públicos que já ultrapassam os R$ 14 milhões.
O grupo, aliás, é um dos maiores distribuidores de feldspato¹ moído para todo o Brasil. A polícia também informou que as empresas envolvidas estão entre as únicas a possuir jazida própria para extração e beneficiamento do minério. “O feldspato¹ pertence ao grupo de silicatos de alumínio com potássio, sódio, cálcio e mais raramente bário. Sendo que o primeiro tem grande aplicação na indústria da cerâmica e do vidro”, informa a equipe de investigação.
Blindagem patrimonial
Além disso, a Polícia Civil investiga uma suposta blindagem patrimonial, em que membros do esquema adquirem móveis e imóveis em nome de pessoas de forma intercalada.
Esta operação conta com a participação de seis promotores de Justiça, três delegados de polícia, 25 investigadores e 30 auditores fiscais da Receita Estadual. Sendo assim, os trabalhos são parte de uma nova fase de estruturação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (CIRA).
Projeto 360º
A partir da iniciativa do CIRA, o Ministério Público, a Receita Estadual, as polícias Civil e Militar e a Advocacia-Geral do Estado, por fim, recuperaram mais de R$ 18 bilhões para os cofres públicos ao longo de 16 anos.
O Projeto 360º busca fortalecer a política de Estado por meio de seis eixos estruturantes. O objetivo, portanto, é recuperar ativos, prevenir distorções de mercado e promover um ambiente de concorrência legal nos setores econômicos de Minas.