IPATINGA – A Polícia Civil, em trabalho conjunto com a Interpol, prendeu um homem, de 29 anos, que estava foragido. Alef Teixeira de Souza é investigado pelo crime de feminicídio contra a namorada Rafaella Cristina Miranda Sales, de 34 anos, na cidade de Ipatinga, em abril deste ano. A Interpol o localizou neste domingo (13), na Costa Rica.
Sobre a prisão
Nesta segunda (14), a Polícia Civil informou mais detalhes sobre a prisão. Após o início das investigações, Alef fugiu do país. A polícia informou que ele teria ido para o Uruguai, mas permaneceu monitorando a localização dele pelo serviço de inteligência.
A partir disso, a Polícia Civil junto com o Ministério Público e a Polícia Federal conseguiram encaminhar para a Justiça um pedido de prisão preventiva. A solicitação foi aceita e o nome de Alef entrou para a lista de Difusão Vermelha da Interpol. Com as investigações das forças de segurança, a Interpol o localizou e o prendeu em San José, capital da Costa Rica.
Os trâmites relacionados ao processo de extradição de Alef são acompanhados pelo Ministério Público, responsável por mover e responder por todas as providências administrativas. Além disso, a promotoria de Ipatinga aguarda a decisão das autoridades da Costa Rica para a extradição do brasileiro. Então assim que desembarcar no Brasil, Alef permanecerá preso no Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp), em Ipatinga.
Investigação das forças de segurança
“O Alef é uma pessoa que ficou conhecida, durante a investigação, por ter características de serial killer de mulheres. Ele praticou dois feminicídios, um deles no estado de São Paulo, na capital, muito semelhante ao que veio a praticar dois anos depois contra a vítima Rafaela Miranda”, disse o delegado da Polícia Civil, Marcelo Franco Marino, durante coletiva de imprensa.
De acordo com o delegado, Alef viciou Rafaella em drogas injetáveis, passou a praticar frequentemente violência contra a mulher (psicológica e física), sem a possibilidade de resistência da vítima. Conforme o delegado, por causa das agressões as filhas de Rafaela passaram a morar na casa de parentes em Belo Horizonte. Em seguida as agressões se agravaram até chegar à morte de Rafaela. Um crime de extrema violência, na qual a vítima morreu com golpes de facada.
Além disso, segundo o Ministério Público, Alef foi preso em 2004 e respondeu pelos crimes de abuso sexual contra 5 crianças. Contudo após cumprir a pena em regime fechado, ele saiu do presídio e viveu em liberdade.