VICTORIA AZEVEDO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmam que a legenda não abrirá mão de comandar a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados neste ano.
Ela é a principal comissão da Casa, uma vez que por lá passam todos os projetos que tramitam na Câmara.
Pelas regras da Casa, as comissões são distribuídas de acordo com o tamanho das bancadas, com os maiores partidos tendo a preferência na sequência da escolha. Detentor da maior bancada, o PL tem direito a fazer a primeira escolha.
Em 2023, o partido abriu mão para o PT ficar com o comando da comissão, após uma costura que envolveu o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A comissão foi presidida no ano passado pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP).
Ao longo de 2023, parlamentares do PL davam como certo que o partido teria a presidência da comissão e diziam que isso já teria sido acordado previamente. Em dezembro, no entanto, cardeais da Casa afirmaram que não há acordo que garanta isso, o que irritou parlamentares da legenda.
Sob reserva, eles dizem que a primeira pedida cabe ao PL e que será a CCJ. Deputados afirmam ainda que não há possibilidades de o partido abrir mão disso e que já teria um nome para ocupar o posto: a deputada Caroline de Toni (PL-SC).