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Pint of Science 2024 aproxima ciência e sociedade

FOTO: Divulgação Univale

GOVERNADOR VALADARES – A edição de 2024 do Pint of Science começou em Governador Valadares na noite de segunda-feira (13), aproximando a ciência e a sociedade. Com conversas em tom mais lúdico e fora do ambiente universitário, o público que compareceu à cervejaria HaüsMalte da Ilha pôde conhecer um pouco mais sobre o trabalho realizado pelos cursos da UNIVALE – responsável pela organização do evento em Valadares, mas o festival acontece simultaneamente em outras cerca de 170 cidades brasileiras, e também é realizado no exterior. O Pint continua terça e quarta-feira (dias 14 e 15), novamente na cervejaria HaüsMalte da Ilha, a partir de 19h e com entrada gratuita.

Já na primeira noite, alunos da UNIVALE e pessoas externas à comunidade acadêmica compareceram em grande número ao bar que recebe a edição deste ano do Pint of Science. “As pessoas entenderam o que é o Pint. É um festival internacional de divulgação científica, para tornar as pesquisas acessíveis à comunidade externa, não é para ficar só dentro dos muros da universidade”, avaliou a pró-reitora acadêmica da UNIVALE e organizadora do festival em Valadares, professora Adriana de Oliveira Leite Coelho.

O presidente da Fundação Percival Farquhar (FPF, a mantenedora da UNIVALE), Rômulo César Leite Coelho, considera o Pint um evento cultural importante para o calendário valadarense. “As pesquisas são para a comunidade, mas muitas vezes as pessoas não têm acesso a essas pesquisas. O Pint é o momento maravilhoso de colocar as pesquisas para a comunidade, de forma lúdica, em um bar. É um evento sensacional, de encontro e congraçamento entre alunos, professores e colaboradores da UNIVALE. É um evento em que se aprende muito sobre o que está sendo pesquisado, com diversão, e também é um evento cultural”, comentou Rômulo.

As apresentações da primeira noite 

Duas apresentações inauguraram o Pint of Science 2024. A primeira, com o nome “Uma questão de pele – racismo e saúde”, foi conduzia pelas professoras Maria Terezinha Vilarino e Suely Rodrigues, ambas do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT), que discutiram o racismo no atendimento em saúde pública.

Terezinha espera que as conversas do Pint ajudem na sensibilização para essa causa. “Nesse momento em que a gente discute ciência em um ambiente fora da academia, a gente propõe ampliar essa conversa, para que outras pessoas compreendam e se sensibilizem, e ajudem a superar desigualdades. A política nacional de atendimento à saúde da população negra vem se arrastando, desde 2009 muitas ações não foram estabelecidas de fato. E o mais grave disso é que muitas pessoas da população negra, e mesmo profissionais da saúde, não conhecem a lei e não conhecem os direitos que essa população tem. Nosso objetivo é também dizer que a gente precisa conhecer mais, estudar mais, divulgar mais esses direitos”, disse a docente. 

Suely acrescenta que o debate precisa levar em conta o entendimento sobre o que é doença, o que é saúde e o que é racismo. Essas noções, ela pondera, influencia como as pessoas se manifestam como indivíduos e na atuação enquanto profissionais de saúde. “A gente precisa trazer essa discussão para o racismo e entender que isso é um fato social e um fato cultural. E, segundo a Organização Mundial de Saúde, é um determinante de saúde. O Brasil tem mais de 300 anos de utilização do indivíduo negro como mão de obra, como produto e como mercadoria. E isso traz uma desvalorização do sujeito. É preciso quebrar esse paradigma cultural, porque a cultura também é um determinante de saúde, que vai se manifestar na forma em que se trabalha a saúde nos diversos lugares”, afirmou a professora.

A outra apresentação da noite, intitulada “Para onde foi o contador, que ninguém sabe, ninguém viu?!”, teve o professor Mauro Guariente, coordenador do curso de Ciências Contábeis, desmistificando a ideia de que o profissional contábil atua apenas para assumir responsabilidade solidária fiscal das empresas.

“A Ciência Contábil aplicada vai muito além disso, é uma gestão econômica para dar respaldo ao comportamento financeiro da empresa. Dentro disso estão as obrigações fiscais, que também fazem parte, mas o profissional contábil possui conhecimentos que podem fazer a diferença para o sucesso financeiro de uma empresa. É fundamental essa relação direta e íntima entre contador e a empresa, e esse conhecimento não se adquire pelo Google. São necessários estudos de pelo menos 3 mil horas, para se ter o conhecimento básico da contabilidade”, declarou Mauro.

Ainda tem mais Pint 

O Pint of Science 2024 continua nesta terça-feira, discutindo a automedicação de pessoas com sintomas de dengue, na apresentação “Dengue: não deixe o mosquito da ignorância te picar”, conduzida pelos professores Thalisson Artur Ribeiro Gomides, Marcos Daniel Silva Pinheiro e Marcelo Henrique Fernandes Ottoni, docentes de cursos do Núcleo da Saúde da UNIVALE.

Em seguida, a exposição excessiva de crianças e adolescentes em postagens nas redes sociais, por parte dos pais, é o assunto da conversa “Posto, logo existo”, com a advogada e jornalista Denise Rodrigues Alves (professora na UNIVALE nos cursos de Direito, Publicidade e Propaganda, e Jornalismo) e o psicólogo e advogado Pedro Henrique Bezerra da Silva (egresso dos cursos de Direito e de Psicologia da UNIVALE).

Para encerrar a edição deste ano do Pint, na quarta-feira, a apresentação “Desafio urbanístico: todas as cidades são iguais?  Responde ou passa?” discutirá temas como mobilidade urbana e a relação coletiva entre moradores e a cidade, com as professoras Marianna França de Jesus, Ilara Rebeca Duran e Débora Tameirão Lisboa, do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIVALE. 

A segunda apresentação da terceira noite do festival debaterá as interseções entre a música e o trabalho jurídico. Com o nome de “Meus heróis morreram de overdose – o Direito no universo musical”, o bate-papo terá à frente os professores André Rodrigues, Alexandre Pimenta, Bernardo Gomes, Fabiano Leitoguinho, Kaisa Macedo, Ronald Amaral e Rosimeire Pereira, todos do curso de Direito.

Todas as noites do Pint têm atrações musicais. Na segunda-feira, Bel Villela animou o festival com sua voz e seu violão. Terça-feira é a vez de Beto Leão subir ao palco, e na quarta quem canta é Arthur Rodrigues.

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