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Pesquisa defende uso de drones no manejo de bovinos de corte

Erivelton Moreira, bacharel em Direito e técnico em Zootecnia pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural | FOTO: Fred Seixas/DRD

Ruído das hélices movimenta o gado conforme o desejo do operador e se torna opção contra a escassez de mão de obra no campo

Erivelton Moreira, bacharel em Direito e técnico em Zootecnia pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), realizou uma pesquisa sobre o uso de tecnologia no manejo de bovinos de corte. Seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), desenvolvido no polo de Governador Valadares, aborda o uso de drones como solução para a escassez de mão de obra qualificada no campo. Orientado pelo professor Kelsen Nether, o estudo de caso propõe uma nova forma de manejo na pecuária.

Erivelton identificou a carência de trabalhadores capacitados para o manejo bovino e apresentou drones como alternativa tecnológica. “Esses veículos aéreos não tripulados, equipados com câmeras de alta resolução, otimizam tarefas como contagem, monitoramento e condução do gado, tradicionalmente realizadas por trabalhadores a cavalo”, afirma.

Os drones, leves e dotados de câmeras de alta resolução, realizam o trabalho de forma segura e precisa, superando a velocidade e eficiência humana. O ruído das hélices movimenta o gado conforme o desejo do operador. “Desta maneira, o produtor rural otimiza o tempo de trabalho, reduz a dependência de mão de obra braçal, aumenta a qualidade do serviço realizado, melhora a segurança pessoal ao evitar a montaria e promove o bem-estar animal, consequentemente aumentando a produtividade”, explica Erivelton.

As imagens capturadas pelos drones são transmitidas em tempo real para o operador, que as visualiza no celular acoplado ao controle remoto. “Assim como no manejo a cavalo, o gado deve ser conduzido de forma calma e sem atropelos, ajustando a pressão sobre o rebanho através da aproximação ou afastamento do drone. Cada vez que os animais se movem na direção desejada, o equipamento é afastado como forma de recompensa”, conta.

O estudo, realizado em uma fazenda em Mathias Lobato, demonstrou melhorias na saúde, bem-estar e produtividade dos animais. A condução ao curral, anteriormente feita uma vez por semana, passou a ser realizada três vezes, resultando em benefícios visíveis. “O método de condução com drones funciona melhor quando os animais já estão domados e a fazenda possui corredores adequados”, enfatiza Erivelton.

Erivelton ressalta ainda que a automação e tecnificação da pecuária não devem ser vistas como ameaças. “Sempre haverá espaço no mercado para aqueles que buscam capacitação”, conclui.

Comments 1

  1. Lúcia says:

    Nessa escassez de mão de obra, é uma solução viável.. É a tecnologia chegando no campo

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