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Período de estiagem preocupa Comitês da Bacia do Rio Doce

FOTO: Divulgação/CBH-Doce

GOVERNADOR VALADARES – A estiagem prolongada e as chuvas abaixo da média histórica têm agravado a crise hídrica na Bacia do Rio Doce, afetando mais de 135 municípios mineiros, que decretaram situação de emergência hídrica. Esse número representa 15% do estado de Minas Gerais, conforme dados da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). A situação alarmante tem mobilizado os Comitês da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, que estão intensificando as ações para mitigar os impactos dessa crise.

A Bacia do Rio Doce enfrenta um dos períodos de estiagem mais severos dos últimos anos, resultando em vazões significativamente abaixo da média. Segundo José Carlos Loss, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH Doce), a vazão atual é de aproximadamente 120m³/s, muito abaixo da média mínima esperada, que varia entre 200m³/s e 230m³/s.

“A crise hídrica que enfrentamos não é consequência apenas da falta de chuvas. Desmatamento, destruição de nascentes, poluição industrial, assoreamento dos rios e o aumento das queimadas são fatores determinantes para o grave desequilíbrio hidrológico que vivemos”, afirma Loss. Ele destaca ainda que o Comitê, por meio do Plano Integrado de Recursos Hídricos (PIRH Doce), trabalha na revitalização da bacia com o objetivo de reverter o cenário de escassez hídrica a médio e longo prazo.

Bernardo Oliveira, pesquisador em geociências responsável pela operação do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Doce (SAH Doce), alerta para o impacto da estiagem prolongada nos níveis dos rios. “O período de chuvas entre 2023 e 2024 foi marcado por precipitações abaixo da média na Bacia do Rio Doce. A atual estiagem começou mais cedo, prolongando os episódios de baixa vazão. Embora os níveis não sejam tão extremos, é crucial monitorar a evolução do cenário, especialmente diante da previsão de chuvas apenas para o fim de setembro”, explica Oliveira.

Proteção das nascentes

A preservação das nascentes é fundamental para garantir a qualidade e a quantidade de água na bacia. Os Comitês da Bacia do Rio Doce têm investido, por meio da cobrança pelo uso da água, em iniciativas que visam melhorar a disponibilidade hídrica. Um exemplo é a iniciativa Rio Vivo, que concentra esforços no controle de atividades geradoras de sedimentos, proteção de nascentes e Áreas de Preservação Permanente (APPs), além da expansão do saneamento rural.

Até o momento, mais de 1.300 nascentes foram cercadas na bacia, e mais de R$ 120 milhões foram destinados para a execução dessas ações.

Comments 1

  1. Vandelino Bravim says:

    Certo e excelente avaliação, mas, porém, todavia, porquê não dando exemplo dentro do próprio perímetro urbano de GV, recuperando as matas da orla , inclusive derrubando os muros do SM BiG MAIS, que é uma afronta a qualquer proposta de melhoria da da vida e qualidade do rio doce.E simples, basta querer fazer. Caso, selam as prefeituras responsáveis pela orla do rio, estão assinando o seu ATESTADO DE ÓBITO.

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