SÃO JOÃO EVANGELISTA – A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, na manhã desta quarta-feira (19), a operação Escamas em São João Evangelista, no Vale do Rio Doce, resultando em três prisões em flagrante e na apreensão de armas de fogo, munições, drogas e equipamentos tecnológicos utilizados para monitorar a atuação policial. A ação teve como alvo um grupo investigado pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Foram detidos dois homens, de 23 e 31 anos, e uma mulher, de 28.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em dois endereços distintos. Nos locais, os investigadores encontraram dezenas de papelotes de cocaína e materiais destinados à preparação das drogas, além de dinheiro fracionado, indicando atividade constante de comercialização. Um arsenal também foi descoberto: uma pistola calibre 380 com numeração raspada e uma arma semiautomática de fabricação caseira, igualmente calibre 380, que estava carregada e posicionada ao lado da cama de um dos suspeitos — o que, segundo a polícia, demonstra prontidão para possível confronto.
A operação revelou ainda o uso de tecnologia por parte do grupo. De acordo com a investigação, iniciada há mais de um mês pela Delegacia de Polícia Civil da cidade, os suspeitos utilizavam drones para monitorar a movimentação policial e proteger os pontos de venda de drogas. Informações levantadas por meio de monitoramento e análise de dados de inteligência permitiram à PCMG identificar o modo de atuação da quadrilha e planejar o cumprimento dos mandados.
O nome da operação, “Escamas”, faz referência à identidade visual empregada pelo grupo criminoso. Durante as apreensões, foram encontradas cartelas de adesivos com a figura de um peixe colorido e papelotes com substância semelhante à cocaína. Exames preliminares indicaram tratar-se de ecstasy. Para o delegado responsável pelo caso, Robert Salles, a ação expôs a real estrutura criminosa instalada no município. “A ação da PCMG ‘retirou as escamas’, ou seja, removeu a proteção do crime, revelando a estrutura ilícita por trás da venda e a periculosidade do grupo”, destacou.















