Segundo a polícia, colombianos suspeitos sãos dois homens e duas mulheres. Uma mulher está presa
OURO PRETO – A Polícia Civil (PC), juntamente com a Polícia Militar (PM) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), investiga quatro colombianos suspeitos de furtar um rosário de ouro. O rosário pertence a um museu de arte sacra, localizado em Ouro Preto. Os suspeitos, de acordo com as investigações, são dois homens e duas mulheres. Uma mulher está presa, um casal foragido e o segundo homem com mandado de prisão preventiva em aberto.
O MPMG denunciou o grupo à Justiça na última sexta-feira (24). A denúncia se deu na Operação Relicário, que faz buscas por responsáveis pelo desaparecimento do Rosário Beneditino, exposto no Museu de Arte Sacra da Igreja do Pilar, na cidade histórica.
Sondagem
De acordo com o inquérito, no último dia 24 de outubro (terça-feira), o grupo de colombianos alugou um veículo em São Paulo. Na sequência, no dia 8 de novembro (quarta-feira), os suspeitos viajaram, no veículo alugado, para a cidade de Ouro Preto, em Minas. Segundo os investigadores, o grupo viajou com a intenção de “coletar informações para facilitar o planejamento de furtos na cidade”. A equipe policial, aliás, teve acesso a imagens das câmeras de segurança de diversas localidades que confirmam o trajeto percorrido pelos suspeitos.
Ainda segundo a polícia, na mesma data da viagem, o casal foragido entrou em alguns estabelecimentos comerciais e, então, fez sondagens sobre diversos objetos de valor. Em seguida, conforme o inquérito, o casal entrou no Museu de Arte Sacra da Igreja do Pilar, por volta das 13 horas. “Onde registraram informações sobre as características do terço de ouro do Rosário Beneditino e do sistema de proteção e monitoramento do acervo”, detalha o MPMG. O furto, no entanto, aconteceria no dia seguinte à sondagem.
O furto
Sendo assim, como descreve a denúncia, no dia 10 de novembro (sexta-feira), os quatro colombianos retornaram à Ouro Preto. Dessa vez, portanto, o objetivo do grupo seria furtar o rosário de ouro. A polícia relata que, após o furto, o valor da arte sacra seria dividido entre os envolvidos.
“Imagens de segurança mostram que, por volta das 13 horas, [três] denunciados adentraram o Museu de Arte Sacra da Igreja do Pilar e, com auxílio de uma ferramenta, [o homem considerado foragido] rompeu a trava do vidro de proteção e, valendo-se de incomum destreza, sem quebrar o vidro e sem sequer fazer com que o alarme disparasse, forçou a vitrine até alcançar o terço do Rosário Beneditino que estava em exposição. [Uma das investigadas] prestou auxílio para forçar o vidro de proteção. Também é possível visualizar [a denunciada que está presa] percorrendo o interior do museu durante a execução do crime, com o objetivo de impedir a aproximação de eventuais testemunhas e assegurar a consumação do delito”, explica o Ministério Público.
Enquanto isso, de acordo com a denúncia, o segundo homem permaneceu o tempo todo do lado de fora do museu, vigiando a movimentação de pessoas e passando informações por mensagens para uma das mulheres, além de preparar o veículo para a fuga. Em seguida, o grupo foi para a capital Belo Horizonte e se alojou em um imóvel alugado em Betim.
No sábado, dia 11 de novembro, a mulher presa e o homem com mandado de prisão em aberto devolveram o veículo alugado em Belo Horizonte. A dupla retornou para São Paulo de ônibus. O segundo casal, considerado foragido, também fugiu para São Paulo na madrugada do dia 12 (domingo).
Mandados
Uma das mulheres acabou presa no último dia 17 de novembro. Além da prisão da mulher, a polícia fez buscas, no estado de São Paulo, na residência dela e da segunda suspeita que está foragida. Na ação, a equipe apreendeu celulares e documentos que, segundo o MPMG, podem auxiliar nas investigações. A polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão em Belo Horizonte, onde apreendeu outros três aparelhos celulares que serão averiguados.