Pastor Sebastião Arsênio completa 50 anos de ministério

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Sebastião Arsênio conta como começou o ministério e sobre a reforma da Igreja Batista da Esplanada

GOVERNADOR VALADARES – São 50 anos de ministério! Celebrando meio século como pastor, Sebastião Arsênio conta sua trajetória ao DRD e menciona, além disso, projetos que vão ampliar a capacidade e o conforto dos fiéis da Igreja Batista da Esplanada.

Natural de Almenara, mas criado em Jequitinhonha, Sebastião Arsênio foi ordenado como pastor em 1973, quando ainda era professor do Colégio Batista, em Belo Horizonte. Formado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ainda cursou Teologia e se especializou em Psicologia pastoral. Além disso, ele tem no currículo um curso do Instituto Haggai, realizado nos Estados Unidos.

Somente em Valadares, são 46 anos de ministério à frente da Igreja Batista da Esplanada. Pelo excelente trabalho, há 23 anos, recebeu, na Câmara Municipal, o Título de Cidadão Valadarense.

Confira, portanto, a entrevista completa!

FRED SEIXAS – Pastor Sebastião Arsênio, o senhor é de Valadares ou de alguma cidade da região?

PASTOR SEBASTIÃO ARSÊNIO – Então. Eu nasci em Almenara, no Vale do Jequitinhonha. Mas apenas nasci lá. Logo após meu nascimento, meus pais foram para a cidade de Jequitinhonha. Foi lá que eu cresci e morei até a minha adolescência. Naquela época, a gente tinha apenas a educação básica. Então quem quisesse continuar os estudos tinha que se mudar. Os mais ricos vinham para Valadares e Teófilo Otoni. Mas como minha família não tinha muitos recursos – meu pai era sapateiro e minha mãe lavadeira -, eu não tinha condições de continuar os estudos. Foi, então, que o pastor da minha cidade conseguiu uma bolsa de estudos no Colégio Batista Mineiro, em Belo Horizonte. Foi, então, que fui estudar na Capital. O colégio era um internato, onde a gente morava, comia, estudava e tinha tarefas a fazer. Após terminar o curso científico, passei no vestibular na UFMG e estudei Letras. Depois tive o privilégio de ser professor no Colégio Batista por alguns anos.

FRED SEIXAS – E quando foi que o senhor se tornou pastor?

PASTOR SEBASTIÃO ARSÊNIO – Ao mesmo tempo em que fazia o curso de Letras na UFMG, estudei Teologia na Faculdade Teológica Batista Mineira. Então em 1973 me tornei pastor de uma congregação pequena em Belo Horizonte. Esse era o meu desejo. Sempre quis dedicar meu tempo ao ministério. No dia 2 de setembro eu completei 50 anos de ministério. Quarenta e seis aqui e quatro em BH. No mesmo ano em que me tornei pastor também me casei. Mas como a congregação lá era pequena, eu precisava trabalhar para me sustentar. Então eu conciliava o trabalho de pastor com o de professor no Colégio Batista. Fiz isso por quatro anos. Até que veio o convite para vir para Valadares.

FRED SEIXAS – E isso foi quando?

PASTOR SEBASTIÃO ARSÊNIO – Foi em 1977. Já era pastor há quatro anos em BH. Na época, o pastor aqui da Igreja Esplanada precisou deixar o ministério para se dedicar à família. Então a igreja começou a sondar e me convidou. Então vim para Valadares em 77. Quando cheguei, a igreja já existia aqui no Esplanada. A Igreja Batista da Esplanada foi organizada em 1954 e o seu templo foi inaugurado em 1957. Mas era um templo pequeno, sem conforto. Então o próprio pessoal manifestou o desejo de ampliar e construir um templo novo.

FRED SEIXAS – Quanto tempo durou essa ampliação?

PASTOR SEBASTIÃO ARSÊNIO – Começamos em 1978 e inauguramos em abril de 1988. Foi feita uma ampliação, com a construção do segundo piso, e mudanças na fachada da igreja. 

FRED SEIXAS – E agora surgiu a necessidade de ampliar novamente?

PASTOR SEBASTIÃO ARSÊNIO – A tendência da igreja é crescer mesmo. Mas eu brinco com o pessoal que só estou ampliando por causa de uma provocação do diretor do Tiro de Guerra, que me convidou para fazer uma palestra para os alunos e depois me perguntou se poderia fazer a formatura da turma aqui na igreja. Eu disse que podia. Então ele perguntou a capacidade. Eu falei 300. Aí ele falou que não daria porque eram 200 atiradores, cada um com uma madrinha, e só aí são 400. Além de outros convidados e instrutores. Aí eu brinquei com ele que iria aumentar o templo para ter condições de, pelo menos, termos espaço para a formatura dos atiradores. Então o tempo passou e o templo ficou pequeno. Após a obra vamos passar a ter um templo para 600 pessoas. Vamos usar todo o espaço que temos para essa ampliação.

FRED SEIXAS – Hoje são quantos fiéis?

PASTOR SEBASTIÃO ARSÊNIO – Nós temos hoje os membros aqui da sede, além de um grupo em Vila Eugênio [Alpercata], um grupo em Braúnas e outro na Fazenda Ibituruna. Esses grupos são as congregações. Então, juntando tudo, dá cerca de 500 membros. Mas só aqui em Valadares são cerca de 300. Essa ampliação também está relacionada ao conforto dos membros. Nós temos essa preocupação. Nós realizamos aqui, anualmente, o Summit, que é um evento que acontece em apenas 70 cidades do País, e Valadares é uma delas. É um treinamento de liderança. Mas uma pessoa comentou que não é fácil ficar o período do curso sentado no banco. Então pensamos na possibilidade de ter banco acolchoado, um painel de LED, um sistema sonoro melhor, além de oferecer melhor mobilidade, pelo fato de o templo ser no segundo andar. Então pensamos em colocar um elevador para atender os idosos e deficientes.

FRED SEIXAS – E onde os membros vão se reunir durante a obra?

PASTOR SEBASTIÃO ARSÊNIO – A obra foi planejada para usarmos a parte de baixo. Vamos preparar o andar de baixo para realizarmos os cultos provisoriamente embaixo. Daí daremos início na parte de cima e só voltamos quando estiver tudo concluído.

FRED SEIXAS – E qual a previsão da obra?

PASTOR SEBASTIÃO ARSÊNIO – É um ano. Na verdade vamos ter aqui no ano que vem a Convenção Batista Mineira. Será em julho de 2024 e acontecerá aqui. Então pretendemos já ter a reforma concluída para essa data.

FRED SEIXAS – E como a obra será financiada?

PASTOR SEBASTIÃO ARSÊNIO – Todos os recursos são de doações dos membros, amigos e conhecidos da igreja, através das campanhas. Não usaremos o recurso de manutenção da igreja para a reforma. Somente o que for doado, por meio das campanhas.