Para André Merlo, intervenções em mobilidade urbana justificam veto ao reajuste no transporte

André Merlo justificou o veto ao reajuste em entrevista ao apresentador Nicomedes Felício, do Balanço Geral da TV Leste/Record (FOTO: Reprodução TV Leste)

por THIAGO FERREIRA COELHO
thiago@drd.com.br


O prefeito André Merlo (PSDB) afirmou nesta terça-feira (7) que as intervenções em mobilidade urbana em Governador Valadares justificam o veto ao reajuste na tarifa do transporte urbano. Em entrevista ao apresentador Nicomedes Felício, do Balanço Geral da TV Leste/Record, André declarou que corredores de ônibus e integrações “pressionam para baixo” a planilha de custos no transporte coletivo.

“Desde 2017 a gente vem trabalhando a mobilidade urbana na cidade, com corredores exclusivos de ônibus e integrações novas. O corredor aumenta a velocidade média dos ônibus e pressiona a planilha para baixo. No caso das integrações, foram economizados quase 10 mil quilômetros de rota dos ônibus da Mobi [a antiga Valadarense, empresa concessionária do transporte público]. Isso também pressiona a planilha para baixo. Por isso decidi não aumentar”, disse o prefeito.

Na entrevista ao Balanço Geral, André Merlo disse que a Mobi pediu que a tarifa fosse aumentada para R$ 4,67. As planilhas foram submetidas ao Departamento de Trânsito da Prefeitura e ao Conselho Municipal de Transporte, que recomendaram um reajuste para até R$ 4,48. Com o veto, a tarifa permanece em R$ 4,30 para usuários que pagam em dinheiro e R$ 3,75 para quem usa o cartão da concessionária. “Todos podem adquirir o cartão e continuar em R$ 3,75”, recomendou o prefeito.

 Ar-condicionado

 Questionado por Nicomedes Felício quanto ao cumprimento da Mobi sobre exigências feitas pelo município para o transporte coletivo, André Merlo comentou que a empresa ampliará de 10 para 15 o número de ônibus com ar-condicionado. “A tendência é melhorar esse serviço que a gente sabe que não é bom, mas a gente tem que cobrar e quer fazer que seja um serviço de excelência na nossa cidade”, afirmou.

O prefeito também reconheceu que mudanças em horários e linhas de ônibus podem causar transtornos, no primeiro momento. Mas defendeu que essas alterações são necessárias para melhorar o trânsito.

“Isso não vem da cabeça do prefeito. Essa orientação vem de profissionais que estão instruindo nosso Departamento de Trânsito. Tudo isso está em implementação e precisa ser melhorado, não só para usuários dos coletivos mas para todos os outros veículos, inclusive, para o pedestre. Esse trabalho não surte efeito no primeiro momento, traz é um trauma e a gente pede desculpas para alguns comerciantes e pessoas que estavam acostumados com o ônibus em determinado horário. Essas mudanças vêm para melhorar a mobilidade”, declarou.

 Mobi

Procurada quando André Merlo anunciou que vetaria o pedido de reajuste, a Mobi disse apenas que não iria se manifestar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM