Pai e filho são condenados a quase 50 anos de prisão por agiotagem e extorsão

FOTO: Freepik

AIMORÉS – Dois agiotas, pai e filho, foram condenados a penas que somam quase 50 anos de prisão pelos crimes de usura e extorsão praticados contra três empresárias de Aimorés.

Entre 2020 e 2023, os réus constrangeram e ameaçaram as vítimas para obter vantagem econômica indevida, segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). As vítimas relataram que pagavam juros exorbitantes, superiores aos permitidos por lei, sobre empréstimos feitos com os acusados.

As investigações começaram após uma das empresárias procurar a Polícia Civil (PC) para denunciar ameaças de morte recebidas devido à cobrança de uma dívida. Um dos réus teria usado o próprio veículo para intimidá-la, jogando-o em sua direção. Outras duas empresárias também foram identificadas como vítimas, relatando casos de extorsão, transferências forçadas de imóveis e até ameaças a uma criança de nove anos, filha de uma delas.

Em um dos casos, uma dívida de R$ 5 mil gerou um pagamento de R$ 55 mil em juros, enquanto outra vítima desembolsou mais de R$ 300 mil pelo mesmo valor emprestado, em um período de cinco anos.

Apreensão e condenação

Durante a operação conjunta entre o MPMG e a PC, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência dos acusados, onde foram encontrados 598 cheques no valor total de mais de R$ 3 milhões, além de 35 notas promissórias somando quase R$ 150 mil. Mandados de prisão preventiva também foram executados.

Na sentença, um dos agiotas foi condenado a mais de 28 anos de prisão e o outro a mais de 21 anos, ambos em regime inicialmente fechado. Além disso, foram condenados ao pagamento de uma indenização mínima de R$ 7 mil, solidariamente, a duas das vítimas, sem prejuízo de ações indenizatórias na esfera cível.

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