O Oscar 2020 vem aí! Com direito a representante brasileiro entre os indicados, a mais tradicional cerimônia de premiação dos melhores do ano no cinema acontece no dia 9 de fevereiro. E mais uma vez o Oscar promete coroar tanto as obras quanto atores, diretores e trilhas sonoras, entre outros aspectos, num total de 24 categorias.
Mas, até chegar a esse momento, com todas as devidas reverências e reconhecimento, um longo caminho precisa ser percorrido. E o mais importante deles é justamente o convencimento da opinião pública (e dos críticos, é claro), o que passa muito pelas preferências, hábitos e experiências dos espectadores.
A sétima arte é tema recorrente dentro do aplicativo de opinião pública Quinto. Uma pesquisa realizada por essa rede mostrou que 84% dos usuários do app disseram gostar de filmes com forte crítica social. Mas é possível ir além. Há obras tão marcantes que são capazes de alterar a forma como alguém vê o mundo. E, nesse sentido, 60% do público do Quinto reconhece que algum filme já mudou a sua vida.
A experiência de assistir a um filme, para muitos, é um ritual que requer uma certa preparação. Se atualizar sobre o universo da obra (caso ela seja uma sequência), conferir os trailers e a expectativa do público, ficar por dentro dos bastidores e, em alguns casos, até mesmo comprar o ingresso com antecedência para garantir um bom lugar na estreia.
Mas tudo pode ser arruinado por uma simples, mas poderosa, palavra: spoiler. Ao todo, 59% dos usuários do app confirmam que já tiveram a experiência estragada por spoilers. Por outro lado, a opinião alheia não costuma interferir na expectativa dos ouvidos na hora de escolher o que assistir. Isso porque 62% dos usuários da plataforma disseram não se deixar influenciar por críticas negativas a filmes e séries, preferindo tirar as próprias conclusões a partir da experiência pessoal com a obra.
O Brasil nos holofotes de Hollywood
Desde a década de 1920, quando a cerimônia do Oscar passou a acontecer, apenas sete obras genuinamente brasileiras concorreram ao prêmio em alguma categoria. Isso, é claro, sem considerar as coproduções. Neste ano, o documentário “Democracia em Vertigem”, da diretora Petra Costa, entrou na disputa por uma das estatuetas.
De acordo com o jornalista e crítico de cinema filiado à Abraccine – a Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Chico Fireman, a chegada de “Democracia em Vertigem” entre os indicados só aumenta a visibilidade do que é produzido por aqui. “A importância vai além da discussão sobre a qualidade do filme. O fato de ‘Democracia em Vertigem’ estar concorrendo só aumenta as chances de o Brasil emplacar mais projetos com participação internacional. E isso e gera interesse pelo cinema brasileiro como um todo”, analisa o crítico.
“Democracia em Vertigem” foi disponibilizado na Netflix em junho de 2019. E o lançamento de importantes obras nas plataformas streaming apenas reforça a relevância desse modelo de distribuição da sétima arte.