CARATINGA – O compartilhamento de informações de inteligência entre as polícias Civil e Militar resultou, na sexta-feira (19), na prisão de um homem de 35 anos e de sua companheira, de 25, no bairro Esperança, em Caratinga. O suspeito já era alvo de um mandado de prisão preventiva por homicídio e, com a nova ocorrência, também poderá responder por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com as forças de segurança, o homem vinha sendo monitorado após mudar de endereço, logo depois de prestar depoimento no inquérito policial que apura um homicídio ocorrido em novembro deste ano. Durante a vigilância, os policiais flagraram o momento em que o casal, ao perceber a presença das equipes, arremessou objetos pela janela do imóvel. Ao recolherem o material, os militares localizaram um revólver calibre 38 municiado e uma porção de crack. Diante dos fatos, o casal foi preso em flagrante por coautoria nos crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo. O mandado de prisão preventiva contra o homem também foi imediatamente cumprido.
O mandado refere-se a um homicídio ocorrido no dia 19 de novembro de 2025. O delegado responsável pelo caso, Sávio Moraes, explicou que o investigado chegou a se apresentar espontaneamente durante o inquérito e confessou o crime, alegando legítima defesa. “Na ocasião, ele entregou uma arma, que afirmou ter sido utilizada no assassinato”, informou.
No entanto, segundo o delegado, a versão apresentada foi desmentida pelas provas técnicas. A perícia e a análise de imagens de câmeras de segurança apontaram inconsistências no relato do suspeito. “O investigado apresentou uma narrativa que não condiz com a realidade dos fatos. As imagens registraram toda a dinâmica do crime, evidenciando que se tratou de um homicídio premeditado, motivado por razão fútil e sem qualquer chance de defesa para a vítima”, destacou Sávio Moraes. Ainda conforme a investigação, há indícios de que a arma inicialmente apresentada pelo suspeito não tenha sido a utilizada no crime, o que pode caracterizar fraude processual. O casal foi encaminhado ao sistema prisional e permanece à disposição da Justiça.















