Ação do Ministério Público com apoio de órgãos ambientais aplicou R$ 27 milhões em multas aos infratores
A Operação Mata Atlântica em Pé identificou mais de 2,7 mil hectares de áreas desmatadas ilegalmente, em Minas Gerais, entre os dias 20 e 27 de setembro. Uma pessoa foi presa e mais de 140 autuadas. A ação foi conjunta entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), Polícia Militar do Meio Ambiente e a unidade regional do Ibama.
Segundo o MPMG, durante os oito dias de operação, foram fiscalizadas 156 propriedades nos municípios de Santa Maria do Suaçuí, São Sebastião do Maranhão, Frei Lagonegro, José Raydan, Rio Vermelho, Coluna, São José do Jacuri, São Pedro do Suaçuí, Água Boa, Angelândia, Aricanduva, Capelinha, Itamarandiba, Malacacheta e Setubinha.
Neste ano, foram identificados 2.784,50 hectares de floresta em desmatamento irregular, com aplicação de R$ 27.339.428,54 em multas aos infratores no Estado. Nas áreas de desmatamento, os órgãos apreenderam 29.631,69 metros cúbicos de lenha extraída ilegalmente e 401,93 MDC (metro de carvão) de carvão nativo ou plantado, além de um trator.
Em relação à operação de 2020, a ação deste ano teve um aumento de 44% em áreas fiscalizadas, 20% em áreas desmatadas ilegalmente e cerca de 279% em multas aplicadas em Minas.
O promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma) do MPMG e da operação em Mata Atlântica em Pé em âmbito estadual, comentou sobre a operação. “Por meio do trabalho conjunto das instituições participantes, acreditamos que é possível reduzir os índices de desmatamento no bioma, que vem sofrendo sucessivas reduções desde o aumento do monitoramento, nos últimos 15 anos”, disse.
Uma pessoa foi presa em flagrante por desmate ilegal e outras 146 pessoas foram autuadas pelas infrações.
A Operação Mata Atlântica em Pé é coordenada nacionalmente pelo Ministério Público do Paraná, mas executada em cada estado pelos MPs responsáveis, com o apoio de diversos órgãos ambientais. Em 2021, a operação foi deflagrada em 17 estados. O intuito é identificar as áreas de Mata Atlântica desmatadas ilegalmente nos últimos anos e responsabilizar os infratores.
Fonte: MPMG
