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O rock volta ao pódio

FOTO: Freepik

O Dia do Rock, comemorado no dia 13 de julho, em homenagem ao maior evento do gênero há 38 anos, na Inglaterra, o Live Aid, é uma oportunidade dos fãs celebrarem o gênero musical. Nos últimos anos, o consumo de rock tem crescido no país, especialmente entre os jovens, como mostra uma pesquisa recente do Spotify, um aplicativo de música, que apontou o rock como o terceiro estilo musical mais ouvido no Brasil, atrás apenas do sertanejo e do funk.

Segundo a pesquisa, o álbum “Imunidade Musical”, da banda Charlie Brown Jr., ficou em segundo lugar no ranking de álbuns de rock mais ouvidos no Brasil, em 2023. Bem como a turnê “Encontro”, dos Titãs, que também foi um sucesso, com um aumento de 115% em buscas e 60% no Spotify em 2023.

O registro mostra um avanço significativo do rock em território brasileiro, já que em 2022, o estilo musical ficou na 20ª posição.

Conforme a pesquisa, o público-alvo é de pessoas entre 18 a 24 anos e também de 35 a 44 anos, mostrando que há uma conexão com a parcela mais jovem dos fãs de música.

Gênero celebra liberdade

Com o som da guitarra, baixo e bateria, o rock para muitos vai além de ouvir ou tocar, como explica Roney Dorabell, que além de vocalista da banda valadarense Iminente é grande fã do rock and roll. Em entrevista, ele contou que o rock é o gênero que celebra a liberdade, a rebeldia e a criatividade. “Eu sou um grande admirador do rock e, inclusive, a minha banda Iminente surgiu desse amor que tenho prazer de compartilhar com velhos amigos. Nossa banda existe há um tempo, mas estamos com os integrantes fixos desde 2020 e, nestes três anos, tivemos oportunidades incríveis de levar o rock nacional e internacional não só para Valadares, mas para diversas cidades da região. O rock é mais do que só ouvir ou tocar, é para sentir. O rock passa mensagens que nos levam a reflexão, que te faz questionar sua opinião e, muitas vezes, é uma forma de protesto”, explica. 

Assim como Roney Dorabell, sua filha, Isabell, de 20 anos, também é grande fã de rock e, apesar de também gostar de outros estilos musicais, enche o pai de orgulho ouvindo o bom e velho rock and roll. “Acredito que a música tem muita influência sobre as gerações e fico muito feliz que minha filha está seguindo esse caminho. O rock não é só barulho, é uma forma de sentir e ver o mundo, é diversão, curtição, mas também é parar para sentir, entender, saber… Ela ama escutar Trep e Hip Hop, que também são ótimos, mas ouvi-la escutando as músicas que me cativam há anos não tem preço”.

Eternizando melodias

O músico, produtor e empresário valadarense Diego Xuxa, vocalista da banda Grungêra, que há 6 anos faz tributo a diversas bandas e artistas dos anos 90, conta que não fica preso apenas ao ritmo e acaba escutando de tudo, mas, segundo ele, o rock eterniza melodias de forma singular. “No Grungêra fazemos tributo ao grunge e outras bandas e artistas dos anos 90. Porém temos também nosso projeto autoral com outro nome, chamado Indague. Já levamos sons de bandas como Nirvana, Pearl Jam, Silverchair, Audioslave e Pantera para Valadares e até para Belo Horizonte, em bares e eventos. Confesso que sou bem eclético, mas tenho o rock como o gênero mais marcante na minha vida. Minha formação musical foi escutando rock, então, desde minha infância o rock sempre esteve presente em minha vida por meio de músicas que escuto até hoje. Músicas marcantes que atravessam gerações”.

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