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“Nação Bolsa Atleta” supera os 200 classificados para os Jogos Olímpicos de Tóquio

Saltos ornamentais são uma das modalidades com 100% de bolsistas em Tóquio (Foto: Satiro Sodré/rededoesporte.gov.br)

Dos 263 nomes já confirmados pelo COB na delegação nacional, 215 (81%) são integrantes do programa de patrocínio direto do Governo Federal. Em 18 das 33 modalidades com presença brasileira, 100% dos atletas são contemplados com os recursos

O Brasil terá em Tóquio a maior delegação de sua história em edições de Jogos Olímpicos fora do território nacional. Com o anúncio oficial de que a equipe de atletismo terá 51 integrantes na capital japonesa e a convocação da equipe de canoagem velocidade, o Time Brasil já projeta 306 vagas garantidas, em 33 modalidades. Até então, o recorde pertencia aos Jogos de Pequim, em 2008, quando o Brasil teve 277 atletas.

Por enquanto, dos 306 garantidos, 263 estão com passaporte carimbado, com nome e sobrenome confirmados. Os outros dependem de convocações, como as equipes masculina e feminina de handebol. Dentro desse universo de 263, há 215 (80%) integrantes da “Nação Bolsa Atleta”, grupo formado por contemplados pelo programa de patrocínio direto do Governo Federal Brasileiro. Se os 22 atletas do futebol masculino, que não integra o programa, forem suprimidos da conta, o percentual de patrocinados pela ação da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania sobe para 89% da delegação.

A maior parte dos bolsistas classificados para Tóquio integra a categoria Pódio, a principal do programa. Com repasses mensais de R$ 5 mil a R$ 15 mil, é voltada para atletas que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades. São 91 atletas nessa condição. Outros 53 integram a categoria Olímpica, 49 estão na Internacional e 22 na Nacional. Na divisão por gênero, há um quase equilíbrio: são 124 do sexo feminino (47%) e 139 do sexo masculino (53%).

“Todos sabemos da ligação que o brasileiro tem com os esportes e a vocação de nosso povo para revelar talentos nas mais diversas modalidades. Por isso, o Governo Federal trabalha para garantir que cada vez mais nossos atletas tenham as melhores condições de desenvolver seus talentos”, afirmou João Roma, ministro da Cidadania. 

No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, o desembolso direto do Bolsa Atleta para as 33 modalidades em que o Brasil terá representantes foi de R$ 292,3 milhões. Em 2021, a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania divulgou a maior lista da história do programa, com 7.197 contemplados entre olímpicos e paralímpicos, com um investimento de R$ 145 milhões.  

“O Bolsa Atleta é um programa muito robusto, de grande capilaridade, que reconhece o mérito esportivo dos atletas brasileiros e ajuda a dar condições para que eles foquem a atenção no que é estritamente necessário no alto rendimento, que é a combinação de treinos, alimentação, equipamentos e viagens para competições. O programa tem merecido todo o carinho de nossa gestão”, disse o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães. 

O Governo Federal é o maior patrocinador do esporte olímpico e paralímpico no país, com um investimento anual superior a R$ 750 milhões. Nesse valor estão abrigados o tripé que hoje representa a maior fonte de investimento do esporte brasileiro. Além do Bolsa Atleta, entram na conta a Lei das Loterias e a Lei de Incentivo ao Esporte.

Em 2020, a Lei das Loterias destinou, apenas ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), R$ 292,5 milhões, valores destinados às diversas confederações filiadas. Outros R$ 163,1 milhões foram repassados ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Adicionalmente, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a Lei de Incentivo ao Esporte teve 699 projetos voltados ao alto rendimento aprovados para captação de recursos. O valor captado no período supera os R$ 640 milhões.

A onipresença da Nação Bolsa Atleta é visível em várias dimensões. Em 18 das 33 modalidades em que o Brasil tem presença garantida, 100% dos atletas são patrocinados. São os casos dos seis atletas do tênis de mesa, dos oito do vôlei de praia, dos quatro dos saltos ornamentais, dos cinco do ciclismo (levando em conta Mountain Bike e BMX), dos sete da ginástica artística e dos três do taekwondo, por exemplo.

Um desses atletas contemplados nos saltos ornamentais é Kawan Pereira, de 19 anos. Ele disputará em Tóquio sua primeira edição de Jogos Olímpicos, na prova da plataforma de dez metros. Integrante da categoria Internacional do programa, ele define como essencial o suporte do Governo Federal. “É fundamental porque me ajuda a ter a frequência adequada nos treinos, auxilia na alimentação mais correta e é um incentivo a mais para me empenhar nas competições”.

*Com informações do Ministério da Cidadania

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