Mulher que pretendia ser presa para receber ‘auxílio reclusão’ é liberada após depoimento

FOTO: Polícia Civil

A Polícia Civil divulgou uma nota, na tarde desta terça-feira (14), com informações sobre uma ocorrência registrada, nesse final de semana, em Governador Valadares. O caso é sobre uma mulher, de 30 anos, que teria comprado uma porção de drogas e ligado para a polícia com a intenção de ser presa. Segundo a Polícia Civil, a mulher foi ouvida na delegacia e em seguida foi liberada após os procedimentos legais.

Em depoimento para a Polícia Civil, a mulher repetiu a versão que teria contado aos policiais militares no domingo, dia 12, quando aconteceu a abordagem, na rua Rio Doce, que fica na divisa entre os bairros Santa Terezinha e Centro. 

Aos militares, durante a abordagem do dia 12, a mulher contou que não conseguia sustentar as despesas da casa, em que mora junto com os filhos, e que no momento não estava conseguindo emprego. Diante do desespero, então, ela teve a ideia de pegar um dinheiro emprestado, comprar uma quantidade de drogas, a fim de ser presa e receber o “auxílio reclusão”.

Mulher que ligou para polícia para ser presa e receber ‘auxílio reclusão’ e liberada após depoimento – FOTO: Arquivo DRD

O que diz a Polícia Civil

Ao delegado, ela explicou o que a teria motivado a comprar drogas, ligar para a polícia e se entregar, sem resistência. A mulher disse que queria ser presa para receber “auxílio reclusão”. 

“Após formalizar os depoimentos dos policiais e o interrogatório da conduzida restou demonstrado que a intenção dela ao adquirir a droga era de ser “presa para receber auxílio reclusão”. Não restou demonstrado dolo (elemento subjetivo do tipo) nem para uso de drogas, e nem para tráfico de drogas, motivos pelos quais excluídas as respectivas tipicidades delitivas. Em se entendendo de forma diversa, já sob o prisma processual, restou também demonstrada a apresentação espontânea da conduzida, pois foi ela própria quem acionou a PM, circunstância que analisada em consonância com os fatos apresentados, afastariam a prisão em flagrante, caso o fato por ela cometido fosse típico penalmente”, detalhou  o delegado Saulo Mansur.

A Polícia Civil iniciou uma investigação para apurar mais informações sobre o caso, que agora está sob a responsabilidade da Delegacia Especializada em Tóxicos e Entorpecentes.

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