A vítima, o ciclista Caio Domingues, foi morto no dia 4 de abril de 2023
TIMÓTEO – O Tribunal do Júri de Timóteo condenou, após três dias de julgamento – o mais longo da história do Vale do Aço Mineiro – uma mulher a 25 anos de prisão em regime fechado pelo planejamento e execução do assassinato do marido, em Jaguaraçu, em 2023. O homem que executou o homicídio também foi condenado a 13 anos de reclusão em regime fechado, além de 1 ano de detenção e 10 dias-multa pela posse ilegal de arma de fogo. Ao todo, o julgamento durou 43 horas.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o crime ocorreu no dia 4 de abril de 2023, por volta das 17h, na Fazenda Floresta, região conhecida como Lavrinha. A esposa da vítima arquitetou o homicídio motivada por interesses financeiros, já que possuía dívidas e pretendia se apropriar dos bens do marido e receber o seguro de vida. Para isso, prometeu R$ 10 mil ao comparsa para executar o crime.
Segundo a denúncia do MPMG, o homicídio foi cometido com extrema frieza, dissimulação, emboscada e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. A mulher dirigiu o carro até o local onde o comparsa aguardava a vítima e, após os disparos, ajudou o assassino a fugir. Em seguida, voltou ao local do crime para simular um pedido de socorro. Câmeras de segurança registraram a mandante e o autor do homicídio juntos em um posto de combustíveis e em uma loja, antes do crime.
Ainda conforme as investigações, o casal criminoso tentou simular um latrocínio, alegando que a morte da vítima teria ocorrido durante o roubo de uma bicicleta que estava na traseira do carro. Em depoimento inicial, a mulher apresentou essa versão, que foi posteriormente desmentida pelas provas reunidas durante a investigação.
O caso foi conduzido pelos promotores de Justiça Frederico Duarte Castro e Jonas Júnio Linhares Costa Monteiro, que afirmaram que a condenação representa uma resposta do Estado a um crime premeditado e de extrema frieza.
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Até onde um ser humano tem a coragem e audácia de cometer um crime tão bárbaro. Esses assassinos nunca mais terão paz, passe o tempo que passar. Quisera que essa mulher fosse da Indonésia, para ter o que ela merece.