Movimentos de oposição convocam carreata contra Bolsonaro e decidem apoiar CPI da pandemia

Em plenária realizada nesta terça-feira (26), movimentos e partidos de oposição decidiram convocar uma megacarreata contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e apoiar a criação de uma CPI para investigar a atuação do ministro da Saúde e general da ativa do Exército, Eduardo Pazuello, durante a pandemia.

A ideia inicial é a de que ela seja realizada em 21 de fevereiro. No próximo domingo (31) eles realizarão carreatas menores, em bairros, com a ideia de começar a mobilização. Participaram dessa plenária o MST, o MTST, centrais sindicais e partidos como PT, PSOL, PCdoB e Rede.

Estrategicamente, os movimentos decidiram apoiar a criação de uma CPI que apure possíveis irregularidades na condução da pandemia por parte do governo federal e, mais especificamente, do Ministério da Saúde, sob comando de Pazuello.

O aprofundamento dessa CPI, acreditam, pode desembocar no impeachment de Bolsonaro. Nesta segunda (25), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a criação de uma CPI sobre o tema.

Neste sábado (23) e no domingo, manifestantes pediram o impeachment de Bolsonaro em carreatas em capitais pelo país. O primeiro ato foi impulsionado por partidos de esquerda. Também houve protesto em favor do impeachment de Bolsonaro em outras cidades pelo país, como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.

Flávio Dino apresenta queixa-crime contra Bolsonaro

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), apresentou queixa-crime contra o presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

“A mentira pode ser usada deliberadamente no debate político? O presidente da República, com suas elevadas atribuições, pode costumeiramente mentir?”, indaga Dino no documento.

O governador cita declarações de Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan, em que o presidente afirma que Dino teria negado pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para que a Polícia Militar garantisse a segurança de Bolsonaro em visita ao estado no ano passado.

“O fato, porém, nunca ocorreu. Não houve qualquer negativa por parte do Governo do Maranhão, menos ainda do Governador do Estado, para que as forças policiais apoiassem a segurança do Presidente da República e de sua comitiva em território maranhense”, diz o texto.

O governador pede que, instruída a ação penal, o presidente seja condenado pela prática do crime de calúnia. “Nessa perspectiva, está configurada a prática crime de calúnia, tendo como vítima o querelante, devendo o querelado responder pelos atos praticados no exercício de seu mandato”, segue a queixa-crime.

“Importante destacar, novamente, não se tratar de simples equívoco, sendo o querelado, aliás, conhecido por seu pouco apreço pela correção factual, sendo apontado por veículos de checagens de dados como responsável por uma média de três declarações falsas ou distorcidas por dia durante os dois primeiros anos de seu mandato”, continua o texto. (Camila Mattoso e Mônica Bergamo/Folhapress)

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