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Morre Jota, ex-goleiro do Pastoril, Democrata e Coopevale

O futebol valadarense está de luto. Faleceu na manhã desta terça-feira (8) o ex-goleiro João Nunes Ferreira, mais conhecido como Jota, ou Cavaleiro Negro, que teve passagens por Pastoril, Democrata e Coopevale. Jota ficou internado por cerca de 30 dias e não resistiu às complicações decorrentes de problemas no pulmão direito. O sepultamento aconteceu no Cemitério da Paz, no bairro Altinópolis, na tarde desta terça-feira.

Lembranças

O médico ginecologista e obstetra Ruy Moreira se aventurou nos campos de futebol e chegou a jogar como zagueiro do Democrata antes de focar na medicina. Ele conta sobre as qualidades de Jota. “Foi um excelente goleiro, um dos melhores que vi jogar. Tivemos a oportunidade de fazer parte de um grande time do Democrata que tinha Chico, Carioca, Zé Leonídio, Jorge, Clóvis, Hélio Melo, dentre outros. Realmente, era um time fantástico. Tenho grandes recordações do Jota. Além de ser colega time, ele foi um grande amigo. Era um cara leal; trabalhou com a gente na Fusobras quando fui prefeito. O Jota era um cara exemplar. É lamentável a partida dele, mas eu só tenho de agradecer a Deus por tê-lo conhecido e fazer parte do círculo de amizade dele. Realmente, foi um grande companheiro”, disse.

Luiz Alves Lopes, o Luizinho, jogou no Rio Doce, Democrata e Coopevale e também foi companheiro de Jota. Ele destaca a importância do ex-goleiro no meio do futebol valadarense. “O Jota era conhecido como Cavaleiro Negro. Ele veio de Tarumirim e, com passagem em Inhapim, pelo Faixa Azul, consagrou-se no saudoso Clube Atlético Pastoril. Inegavelmente, o Jota fez parte de um time inesquecível, que deixou muita saudade em Governador Valadares. Após a saída do Pastoril, ele foi para o Democrata e escreveu uma outra página tão brilhante quanto a que ele fez no Pastoril. Disputou diversos campeonatos e depois foi para o Coopevale, em meados de 1976, após uma debandada de jogadores. Ele também ajudou a escrever uma história bonita do Coopevale e, mesmo com idade avançada, atuou como goleiro, e dos bons. O mais importante é o legado que o Jota deixa para aqueles que tiveram o privilégio de acompanhar a trajetória dele no futebol e com ele conviver. Era simples, alegre e nasceu para fazer amizades. O futebol valadarense perde um dos seus maiores ídolos. Com certeza, o Jota figura na lista de atletas que souberam honrar Governador Valadares e que foram exemplos, escrevendo a nossa história. Tem que ser sempre lembrado com saudade e carinho.”

Jota e Luisinho foram companheiros no Democrata (Foto: Arquivo pessoal Luizinho)

O ponta-esquerda Bolívar foi outro companheiro de Jota no Democrata e no Coopevale. Ele ressalta a qualidade do ex-goleiro, além de confidenciar que Jota chegou a ser motoristas em viagens. “O que eu tenho a falar do Jota é o que todo mundo fala. Ele foi o melhor goleiro valadarense de todos os tempos. Gente finíssima dentro e fora das quatro linhas, um senhor amigo. Teve uma época no Democrata que, além de goleiro, ele também era o nosso motorista, quando fazíamos as viagens de Kombi, pois uma das Kombis utilizadas era dele”.

Jota está eternizado em uma homenagem de grafiteiros nos muros do estádio Mamudão desde 2017 (foto: Fábio Velame)

Outro companheiro de Jota no Democrata foi o centroavante goleador Chico Duro. Para Chico, o ex-goleiro tinha totais condições de jogar futebol fora de Governador Valadares. “Foi um dos melhores goleiros até hoje que passaram por Governador Valadares. Com certeza, ele tinha qualidade para jogar por clubes de Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Lamento pela morte dele, pois ele era muito meu amigo. O Jota sempre aparecia aqui em casa para conversar comigo. Era uma pessoa de bom caráter”.

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