Mirante Caxinguelê é alvo de vandalismo

Fim de semana chegando e muita gente aproveita para subir a Ibituruna. Se a visita fosse apenas para ter contato com a natureza, apreciar a vista ou curtir com a família e amigos os empreendimentos do pico tudo bem, mas muita gente tem utilizado o local de forma nociva e irresponsável fazendo fogueiras e cometendo vandalismo. Um exemplo disso tem sido o Mirante Caxinguelê, no 1,5 km do início da estrada que dá acesso ao pico da Ibituruna. O local ainda nem foi inaugurado pela Prefeitura e já está sendo alvo de vândalos. Nos últimos dias alguns visitantes fizeram fogueira e destruíram lixeiras. É bom lembrar que fazer fogueira em unidade de conservação é crime com penalidade de reclusão e multa.

De acordo com a Lei Federal 9.605/98 em seu art. 40 traz uma pena de reclusão de um a cinco anos para quem causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação, independentemente de sua localização. No mesmo sentido, o Decreto Estadual nº 47.383 de 02/03/2018, estabelece uma multa de 1.000 a 2.000 UFEMG nos casos em que se criam condições favoráveis à ocorrência de incêndios florestais em unidade de conservação de proteção integral e de 500 a 1.000 UFEMG por hectare por causar dano direto ou indireto em unidades de conservação.

A diretora de Turismo, Betinna Tassis, falou sobre a preocupação com queimadas nesta época do ano. “Nós da Prefeitura e o Comtur temos muita preocupação com a falta de cuidado de algumas pessoas. Acender cigarro, fazer fogueira ou na hora de descer apertar demais o freio do carro se não ela vai esquentar demais o pneu do carro, esquentar o disco de freio e isso também pode provocar um incêndio, uma vez que a vegetação está muito seca. Estamos falando de um monumento ambiental que precisa ser preservado. O fogo é devastador e deixa um rastro de destruição que a natureza vai levar anos para se recompor”, enfatizou.

Trabalho de conscientização

A Ibituruna é uma unidade de conservação que tem como órgão gestor o Instituto Estadual de Florestas (IEF). De acordo com a gerente do Monumento Natural Estadual do pico da Ibituruna, Rosane Nalon de Andrade, uma equipe realiza monitoramento preventivo diário no interior da unidade de conservação e na sua zona de amortecimento, com o objetivo de proteger seus atributos naturais e paisagísticos, bem como coibir eventuais ações de depredação, vandalismo e irregularidades na área.

Além desta ação, a equipe realiza de forma contínua seu programa de educação ambiental, sendo que no período crítico de incêndios florestais, as atividades se concentram mais na prevenção de incêndios na unidade de conservação. Muitas dessas ações são realizadas em parceria com a Prefeitura Municipal de Governador Valadares através da Secretaria de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros, Tiro de Guerra, Ibama, Associação de Produtores Rurais, Polícia Militar de Meio Ambiente e Defesa Civil, e o público-alvo são as escolas da região e comunidade da unidade de conservação e do entorno.

Apesar de todo o esforço, muitas vezes a equipe se depara com ocorrências de danos ambientais na unidade de conservação, como, por exemplo, embalagens de alimentos que são deixadas nas trilhas pelos visitantes e cinzas de fogueiras que são feitas principalmente nesta época de frio. Nessas situações é necessário o apoio da fiscalização do IEF ou da Polícia Militar de Meio Ambiente para a lavratura do auto de infração. 

Mirante Caxinguelê

O Mirante recebeu o nome do esquilo Caxinguelê (Sciurusaestuans), que faz parte da fauna da Ibituruna. A espécie também é conhecida como o esquilo brasileiro, serelepe ou, de acordo com a etimologia da palavra, “rato de palmeira”. No local foram feitos calçamento, guarda-corpo, bancos e estacionamento para veículos incluindo ônibus. Em breve, assim que a pandemia do novo coronavírus passar, os visitantes poderão usufruir deste mais novo espaço público da cidade.

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