Espetáculo “Nosso Chão” estreará em agosto com produção do Teatro Universitário e apoio da Lei Paulo Gustavo
por Karla Nascimento de Almeida e Valdicélio Martins dos Santos
GOVERNADOR VALADARES – O espetáculo “Nosso chão”, produzido pelo projeto de extensão Teatro Universitário UNIVALE, com apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura Paulo Gustavo (LPG, 2024), terá estreia dia 31 de agosto no Teatro Atiaia (às 20h20) e dia 4 de setembro no Centro Cultural Hermírio Gomes da Silva, no campus II da universidade (19h19).
A dramaturgia foi realizada pelo professor e coordenador do Teatro Universitário, Valdicélio Martins dos Santos, em parceria com as professoras Patrícia Falco Genovez e Joana Ataíde de Paula, e é inspirada no livro “Nas terras do rio sem dono”, a partir de pesquisas históricas sobre a constituição do Vale do Rio Doce, desenvolvidas no programa de mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT).
Sinopse
Estudantes da UNIVALE, egressos dos cursos de graduação e mestrado e comunidade externa compõem o elenco do espetáculo, que narra o encontro de um jovem casal imerso na realidade da luta pela terra no Vale do Rio Doce. No corpo da jovem se inscreve uma ancestralidade de povos originários, violentados e oprimidos, cuja relação com a terra e com todo o planeta foge da lógica moderna.
O homem lavra a terra e alimenta a família que brota desse encontro. A família experimenta na pele o cansaço da terra que não produz, a morte e, por fim, a chegada de um grileiro interessado em explorar o local. A perda da terra é também a perda da alma. A solução encontrada pela família é sair em busca de um novo chão para semear suas vidas.
O espetáculo é gratuito e com classificação para público a partir de 12 anos de idade. Os bastidores da peça podem ser acompanhados pelo Instagram: @universitarioteatro
Sobre o Teatro Universitário
O projeto de Extensão Teatro Universitário nasceu em 2016 a partir da necessidade de expansão e acesso à arte e à cultura na universidade e na comunidade, tendo realizado peças para o público adulto e infantil abertas à comunidade, como os espetáculos “Dispa-se”, “Quem roubou meu futuro?” e “Balangandã: do canto ao conto”.
O grupo eclode em meio à inquietação à falta de teatro-educação na cidade de Governador Valadares, o que provoca um “adoecimento” cultural, visto que a educação e a arte teatral são fortes aliados para o enriquecimento do capital cultural de um povo.
Após pesquisas quantitativas sobre grupos de teatro formados em universidades no Leste de Minas, levantou-se números preocupantes em que apenas um grupo havia se formado na cidade de Ipatinga. Dessa forma, na busca de uma expressão artística e uma poética teatral própria, a UNIVALE torna-se pioneira na cidade, propondo um grupo de teatro formado por estudantes de diversos cursos.
O Teatro Universitário busca oferecer aos cidadãos meios estéticos de analisarem seu passado, no contexto do presente, para que possam inventar seu futuro, ao invés de esperar por ele. Neste sentido, esta arte possibilita os seres humanos recuperarem uma linguagem artística que já possuem e a aprenderem a conviver em sociedade através do jogo teatral refletindo sobre suas ações cotidianas.
Neste espaço aprende-se a sentir, sentindo; a pensar, pensando; a agir, agindo. Na prática dramática, a imaginação, as ideias e os sentimentos são representados através da ação. Conhecer a linguagem dramática do teatro possibilita os participantes a criarem formas que tornam mais conscientes as suas ideias e sentimentos, consolidando assim o conhecimento de si, dos outros e do mundo.
Para conferir as ações do Teatro, basta acessar o portfólio do projeto.
Ficha técnica:
- Dramaturgia – Joana de Paula Ataíde, Patrícia Falco Genovez e Valdicélio Martins dos Santos
- Direção: Valdicélio Martins dos Santos
- Produção: Karla Nascimento de Almeida
- Produção Musical: Andrea Cecília Moreno
- Marketing Digital: Daniel Zalcman
- Figurino/Concepção: Valdicélio Martins dos Santos
- Confecção de figurino: Kamilla Mesquita – Ateliê Tesourinha de ouro
- Concepção cenográfica e iluminação – Valdicélio Martins dos Santos