Iniciativa de servidor da UFJF-GV dá mais rapidez às decisões da SRS em relação à covid-19

Medidas rápidas e assertivas na saúde pública nunca foram tão urgentes quanto neste período de pandemia. Só que cada decisão exige dos gestores a análise de uma série de informações, um procedimento demorado que acaba impactando no combate ao novo coronavírus. Mas o projeto de um técnico administrativo do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV) tem tornado esse processo muito mais ágil e eficiente.

Trata-se de um sistema que automatiza a coleta e processamento das informações encaminhadas à Superintendência Regional de Saúde (SRS) pelos 51 municípios da região leste. O questionário com cerca de 48 perguntas, que cada uma dessas cidades precisa responder e enviar periodicamente ao órgão desde que a pandemia começou, agora é preenchido diretamente no sistema, que consolida todas essa respostas. Com isso, a equipe da SRS não precisa mais dedicar horas e horas à transformação dos dados em históricos e indicadores; o sistema faz tudo isso automaticamente.

Servidor responsável pelo projeto, Erick Campos explica que “a dificuldade era fazer com que a informação saísse do gestor municipal e chegasse já ‘mastigada’ para que o pessoal da superintendência pudesse tomar as ações adequadas e fazer as intervenções sem ter que que gastar tempo com as atividades intermediárias.”

O sistema, portanto, além de otimizar consideravelmente o tráfego de informações relacionadas à covid-19 entre os municípios e a superintendência e dar transparência a esses dados, também permite aos servidores da SRS se concentrarem naquelas atividades que não podem ser desempenhadas com o auxílio de outras tecnologias. “O que o computador pode, vai fazer, e deixa para superintendência o que ele não pode fazer, que é a tomada de decisão, análise da conjuntura”, frisou Campos.

Quem comemora mais esta ação desenvolvida de forma colaborativa entre UFJF-GV e SRS é a responsável pela coordenação da equipe de atenção primária do órgão. “Essa análise, que antes era manual, tornava nosso trabalho mais árduo, moroso e desafiador. Com a automação, foi possível maior dedicação às discussões de especificidades locais com gestores, fortalecendo o vínculo estado-município. Além disso, houve a redução do tempo entre análise de dados e a tomada de decisão, o que é primordial em tempos de crise”, destaca Lidianny Pêgo.

E o projeto deu tão certo que foi parar no caderno de boas práticas da secretaria estadual de saúde, que apresenta experiências de referência no combate à pandemia em Minas Gerais, e poderá beneficiar outros municípios do estado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

[the_ad_placement id="home-abaixo-da-linha-2"]

LEIA TAMBÉM