por Diego Garcia (FOLHAPRESS)
A indústria recuou em sete dos 15 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2019, segundo divulgou a entidade nesta terça-feira (11).
Os maiores destaques negativos ficaram com Espírito Santo (15,7%) e Minas Gerais (5,6%), em recuos bem mais intensos que a média nacional (1,1%). Registraram taxa negativa a região Nordeste (3,1%), Bahia (2,9%), Mato Grosso (2,6%), Pernambuco (2,2%) e Pará (1,3%).
Por outro lado, as unidades federativas que tiveram maior crescimento foram Paraná (5,7%), Amazonas (4%) e Goiás (2,9%).
Responsável pela maior fatia do PIB do Brasil, São Paulo registrou alta de 0,2% no acumulado dos 12 meses de 2019. Já o Rio cresceu 2,3%. Em dezembro, o estado paulista recuou 0,9%, enquanto os cariocas caíram 4,3%.
No mês de dezembro, 12 dos 15 locais pesquisados recuaram, segundo o IBGE. As quedas mais intensas foram nos estados de Mato Grosso (4,7%), Rio de Janeiro (4,3%) e Minas Gerais (4,1%).
Na comparação com dezembro de 2018, o setor industrial caiu 1,2%, com sete dos 15 locais pesquisados demonstrando resultados negativos. Espírito Santo (-24,8%) e Minas Gerais (-13,6%) assinalaram os recuos mais intensos. Amazonas (12,2%) apontou o maior avanço.
O desempenho regional industrial veio de acordo com o recuo de 0,7%, na produção industrial de dezembro de 2019.
O resultado aconteceu depois de novembro ter encerrado com queda de 1,2%, quando interrompeu três meses de expansão acumulada em 2,2%, no período entre agosto, setembro e outubro.
Enquanto o setor teve crescimento de 2,5% e 1% em 2017 e 2018, respectivamente, no ano passado o desempenho foi de retração de 1,1%.
O tombo é reflexo do mau desempenho da indústria extrativa, cujo recuo, no acumulado do ano, chegou a 9,7%. O rompimento da barragem de Brumadinho (MG), tragédia que resultou em 249 mortos e 21 desaparecidos, contribuiu para a queda.