Ele participava de um churrasco com os amigos e não gostou quando foi cobrada a sua parte na vaquinha. Saiu e depois voltou com uma faca e deu três facadas na vítima. Os dois são de Santa Efigênia de Minas
Os imigrantes brasileiros estão ignorando o rigor das leis dos Estados Unidos e têm virado rotina ocorrências de homicídios em vários estados americanos envolvendo a comunidade brasileira. Depois da morte da valadarense Nathália da Paixão, de 35 anos, assassinada com várias facadas pelo marido, Emerson Jaques Figueiredo, no dia 28 de julho, na cidade de Concord, no estado de New Hampshire, agora chega a notícia de outro assassinato envolvendo mineiros da região de Governador Valadares. O crime ocorreu na Philadelphia, Pensilvânia.
De acordo com as informações divulgadas pelas autoridades da Pensilvânia, Franklin William de Souza, 24 anos, foi morto com três facadas e o autor do crime também é brasileiro. As informações são do jornal Brazilian Times.
O suspeito foi identificado como Igor Vítor “Pequeno” e o crime aconteceu na manhã de domingo, dia 11, após uma partida de futebol no Max Myers Recreation Center. Ainda segundo testemunhas, tudo começou após uma briga, porque Pequeno se recusou a pagar US$ 70 referentes ao rateio das comidas e bebidas.
O acusado teria se recusado a pagar a sua parte e a vítima o cobrou. Pequeno saiu, pegou uma faca e agrediu Franklin na frente de várias crianças. Depois do esfaqueamento, testemunhas informaram que o suspeito lambeu a faca. “Ele o esfaqueou três vezes e depois lambeu o sangue”, disse um menino de 14 anos. “Foi embora como se nada tivesse acontecido.” Franklin foi declarado morto depois de chegar ao hospital. Segundo informações, o brasileiro já está preso.
Os dois são naturais da cidade de Santa Efigênia, em Minas Gerais, distante 78 quilômetros de Governador Valadares. A vítima trabalhava na área de construção civil e o acusado estava no país havia apenas três meses. A mãe da vítima mora na Pensilvânia e o pai, na cidade de Danbury, em Connecticut. A lei da Pensilvânia prevê pena de morte para esse tipo de crime.
Brasileiros perderam o medo das leis americanas?
O aumento da violência envolvendo brasileiros de uns anos para cá reflete a falta de controle das autoridades americanas nas fronteiras do país. Por mais que os ativistas defendam os direitos dos imigrantes, é preciso refletir também sobre quem está chegando nessas levas que estão tendo acesso ao país. Até uns 10 anos atrás os casos de mortes violentas entre brasileiros eram raros e em bem menor escala.
Em Danbury, uma cidade que em 2005 tinha 92 mil habitantes e, desses, cerca de 15 mil eram imigrantes legais e ilegais, os casos de crimes praticados por brasileiros eram de estelionatos, furtos, uso e tráfico de drogas. Mas naquele ano as estatísticas mudaram, depois que uma mulher de Sobrália matou o marido, também de Sobrália, por legítima defesa. A cidade não registrava homicídios havia oito anos.
Quem morou e viveu como imigrante nos Estados Unidos de 2001 a 2005 sabe bem que o envolvimento de imigrantes com a polícia era por excesso de álcool. Mas bastava uma ida à delegacia e o pagamento da fiança, logo eles davam um jeito de se acalmar e evitavam se envolver com a polícia. Já em 2005 era possível prever que a situação poderia sair do controle, devido ao perfil dos imigrantes, que estavam chegando em grande escala.
Quem ia à St Peter Church (Igreja de São Pedro), que tinha como pároco o padre Pedro, brasileiro de Sete Lagoas, notava o comportamento dos imigrantes que estavam chegando e que passavam a frequentá-la. O próprio padre comentava que, em meio a muitos trabalhadores que iam tentar as oportunidades que o país oferece, chegavam também pistoleiros, assassinos, ladrões perigosos que fugiam do Brasil para evitar ser presos pela polícia brasileira. (Com Brazilian Times)
por Raimundo Santana | Editor-chefe
