O capacete é reutilizável por cinco vezes e cada paciente pode usá-lo por tempo indeterminado durante o tratamento
Na última semana, o Hospital Municipal (HM) começou a usar capacetes Elmo em pacientes internados com diagnóstico positivo para covid-19. Para usar os equipamentos foi preciso fazer algumas adequações na estrutura física do hospital e, a princípio, estão sendo usados 20 dos 30 capacetes que foram doados. Eles foram distribuídos nas enfermarias e UTIs Covid e também nas UTIs gerais.
Os equipamentos são resultado de uma doação da FIEMG, após uma mobilização de empresários da cidade. Os capacetes são uma tecnologia de respiração assistida, não invasiva, de baixo custo, desenvolvida com o apoio do SENAI do Ceará e que pode reduzir em até 60% a necessidade de internação em leitos de UTI.
São ferramentas que vão somar a todos os esforços dos profissionais de saúde que há mais de um ano estão firmes na linha de frente de combate e tratamento contra o novo coronavírus (covid-19).
Para o prefeito André Merlo, a união de forças é muito importante, ainda mais num cenário tão desafiador como este de enfrentamento da pandemia. ”A iniciativa privada sempre foi parceira da Administração em diversas ações para beneficiar a população. E agora, com o uso desses capacetes doados, podemos ter mais uma forma de tratamento para os pacientes e continuar salvando vidas”, ressaltou ele.
Funcionamento do capacete Elmo
Acomodado ao pescoço do paciente, o capacete Elmo permite ofertar oxigênio a uma pressão definida ao redor da face, sem necessidade de intubação. Dessa forma, a pessoa consegue respirar com auxílio da pressurização e oferta de oxigênio. O sistema possibilita, portanto, a melhora na respiração e pode ser utilizado fora de leitos de UTI. E a senhora Elizabete Pevidor é uma dos pacientes que já estão utilizando a nova tecnologia.
O equipamento pode ser desinfectado e reutilizado. Outro benefício é o custo inferior em relação aos respiradores mecânicos e a maior segurança para os profissionais de saúde, já que, por ser vedado, não permite a proliferação de partículas de vírus, apresentando rápida recuperação da função pulmonar e aumento, na primeira hora de uso contínuo, do percentual de oxigênio de sangue dissolvido.
Outro fator importante é que por usar um filtro HEPA, no ramo expiratório, os profissionais de saúde podem realizar, com mais segurança, atividades de fisioterapia motora, sem exposição a aerossóis que podem carregar micro-organismos como vírus e bactérias.
