Ação do Conselho vai ampliar a fiscalização em empreendimentos hospitalares em todo o estado com o objetivo de oferecer mais segurança para pacientes e colaboradores
A engenharia, e até mesmo a agronomia, estão bem mais presentes nos hospitais do que se possa imaginar. A atuação do profissional da área é obrigatória para realizar desde a manutenção de equipamentos à instalação de infraestrutura, passando pela aquisição de equipamento com melhor custo benefício, até o gerenciamento adequado de impactos ambientais. E em tempos de pandemia de covid-19, esse trabalho é ainda mais importante, tendo em vista a grave crise sanitária que o Brasil atravessa.
Para garantir a presença do profissional habilitado à frente desses serviços, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) iniciou, em março de 2021, uma ação para ampliar a fiscalização em empreendimentos hospitalares em todo o estado. Em Governador Valadares, oito unidades hospitalares foram alguns dos quase 700 hospitais de Minas que já receberam o ofício solicitando a documentação, que corresponde à primeira etapa da fiscalização do Conselho.
O gerente da Divisão de Fiscalização do Crea-MG, engenheiro eletricista Nicolau Neder, explica que os fiscais verificam se as empresas prestadoras de serviço possuem registro no Conselho, se os profissionais responsáveis têm atribuições para tais serviços e se emitiram suas Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs).
Os profissionais também verificam se atividades como manutenção de sistemas de ar-condicionado, geradores de energia, caldeiras, aparelhos eletromecânicos, de hemodiálises, ultrassonografia, nobreaks, grupo motor gerador, aquecimento de água, vasos de pressão, equipamentos de combate a incêndio e médico-hospitalares têm responsável técnico legalmente habilitado. “Para realizar a manutenção nesses equipamentos e desempenhar um bom serviço, os profissionais precisam ser habilitados, ter formação adequada. O nosso objetivo é que todos usuários recebam serviços seguros e de qualidade”, destaca Nicolau.
Além de oferecer mais segurança para pacientes e colaboradores, o hospital fiscalizado tem mais credibilidade, confiabilidade e boa reputação. O presidente do Crea-MG, engenheiro civil Lúcio Borges, reforça que o papel de cada profissional numa unidade hospitalar deve ser conhecido por todos para que se entenda a importância dessa atividade. “A engenharia está presente em quase todas as áreas de nossas vidas, inclusive nos hospitais, e a atuação do profissional habilitado é necessária para garantir segurança e o bom funcionamento dessas unidades. A fiscalização do Crea vai atuar justamente para verificar essa presença”, pontua.
Etapas
A fiscalização está dividida em quatro etapas. Em um primeiro momento, o Crea-MG solicita, por ofício, a relação do quadro técnico de profissionais das áreas de engenharia, agronomia e geociências e a relação de contratos de serviços dessas áreas nos hospitais. Em seguida, o hospital reúne as informações solicitadas e, se tiver alguma dúvida, deve entrar em contato com o Conselho. Depois, por meio do hotsite http://www.crea-mg.org.br/especial/fiscalizar-hospital/, o hospital envia os dados e documentos solicitados. E, por fim, o Conselho verifica as informações, instaura os processos de fiscalização e divulga os resultados no hotsite.
Essa é uma ação que está sendo realizada por todos os Creas do Brasil e que foi definida por meio de uma Decisão Plenária do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), que determina que seja ampliada a fiscalização em empreendimentos que demandam serviços de engenharia, agronomia e geociências com o objetivo de proteger a vida. A meta estipulada é fiscalizar 100% dos hospitais do país até 31 de dezembro de 2021. (Informações da assessoria do Crea-MG)