GOVERNADOR VALADARES – A maior cidade do Leste de Minas comemora 86 anos nesta terça-feira (30). Conhecida como a Princesinha do Vale, Governador Valadares é considerada a Capital Mundial de Voo Livre e, desde a sua emancipação, no ano de 1938, se alia aos aspectos econômicos, sociais e culturais como uma forma de atrair e encantar pessoas do mundo inteiro.
Ao longo dos anos, a cidade foi batizada por vários nomes, tais como Arraial de Porto de Dom Manoel, Porto das Canoas, Santo Antônio da Figueira, Distrito de Santo Antônio de Bom Sucesso, Figueira, Figueira do Rio Doce e, por fim, Governador Valadares. Este último surgiu em homenagem ao então governador Benedito Valadares Ribeiro, administrador estadual nos anos de 1933 a 1945.
Após o período de emancipação do município, especialistas e historiadores afirmam que a posição valadarense no polo regional era uma vantagem. Ela auxiliava não só no desenvolvimento econômico, mas também no crescimento regional. Na década de 1950, por exemplo, durante a época de estabilização, a cidade chegou a possuir mais de 1.810 estabelecimentos comerciais.
“Nas décadas de 1940 e 1950, o município de Governador Valadares e região, nos terraços e baixadas aluviais tinham muitas lavouras de arroz, feijão, milho e cana-de-açúcar. Na cidade concentravam-se os armazéns que compravam a produção local e regional e a exportavam para fora da região”, explica o professor universitário e doutor em História, Haruf Salmen Espindola.
‘Quem bebe das águas do Rio Doce jamais esquece’
A cidade possui diversos monumentos históricos que foram tombados ao longo dos seus 86 anos. Entre estes memoráveis registros estão a Companhia Açucareira Rio Doce (CARDO), a Maria-Fumaça, o Antigo Templo Presbiteriano, assim como o aclamado Teatro Atiaia, a Banda Lira 30 de Janeiro e tantos outros.
Valadarense apaixonada, a professora de História Dalete Gama relembra com carinho a juventude e, mais que isso, toda uma vida no Vale do Rio Doce. “Eu nasci em Valadares e sempre vivi aqui. São décadas acompanhando o desenvolvimento da minha cidade, que amo. E nesse tempo vi muitas mudanças acontecerem, especialmente por morar próximo do cruzamento das duas BRs. Lembro-me com saudosismo da JK quando tinha um passeio no meio, onde hoje é a ciclovia”, disse.
Dalete também destaca a facilidade de Valadares encantar quem chega apenas de passagem. “Vi ‘forasteiros’ chegarem e aqui se estabelecerem, porque, ‘quem bebe das águas do Rio Doce jamais esquece’. Esse rio que suavemente nos embala em suas curvas suaves. Enfim, minha cidade encanta quem chega. A Ibituruna é a nossa riqueza. O clima é de um sol pra cada, mas a gente sempre dá um jeito. E vou falar algo aqui que acho que não é uma sensação somente minha: quando estamos chegando de viagem e vemos a Ibituruna ao longe, com os olhos arregalados na janela, nossa, que coisa boa”, exclama Dalete.
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Fui nascido no córrego dos pintos… aqui em GV em 1975….fazenda fortaleza….1988 saí da roça e mim mudei de vez pra essa maravilhosa cidade onde acompanhei um pouco do desenvolvimento também….. parabéns pelos 86 anos de emancipação!!!