Em Valadares, revendedores, donas de casa e restaurantes estão tendo dificuldades para controlar as despesas após os recentes reajustes
A gasolina, o óleo diesel e o gás de cozinha passam a custar mais caros a partir de hoje (2) nas refinarias da Petrobras. Segundo a refinaria, o preço do GLP (gás de cozinha) para as distribuidoras será de R$ 3,05 por quilo (R$ 0,15 mais caro), ou seja R$ 36,69 por 13 kg (ou R$ 1,90 mais caro). Revendedores de gás de cozinha e consumidores em Governador Valadares estão preocupados com os constantes aumentos.
Na tarde desta terça-feira (2) é possível encontrar o preço do gás de cozinha para botijão de 13 kg custando entre R$ 87 a R$ 89 em algumas revendedoras. Em alguns estabelecimentos que fazem o serviço de entrega é possível encontrar o gás de cozinha custando R$ 94.
Este aumento tem afetado empresários no ramo alimentício como Cristiano Ramos, que é gerente em um restaurante na avenida Minas Gerais. Segundo ele, o restaurante consume um botijão de 2 mil Kg por mês, que equivale a 150 botijões de gás. Para o gerente, está cada vez mais difícil manter as despesas em dia diante de tantos reajustes. “Realmente está atrapalhando muito. O impacto pra mim é o seguinte: tenho que repassar o aumento para o cliente. Repassando, o cliente fica insatisfeito. O que não é apenas comigo, creio que de maneira geral’, diz.
No acúmulo de reajustes este já é o terceiro do ano. No início do ano, a Petrobras já havia anunciado um aumento de 6% para o GLP, também corrigido em 5% no início de dezembro passado. O gás de cozinha encerrou o ano passado com alta de 9,24%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Se calcular houve um aumento de 30% desde o início do ano. De R$ 1.600 por mês, passei a gastar R$ 2.000 em fevereiro”, contou Cristiano.
Na casa de Maria Aparecida, o gás de cozinha é monitorado 24 horas por dia. Qualquer gasto excessivo, sem necessidade, é motivo para chamar a atenção. “As coisas já estão tão difíceis, e agora tem o gás nesse absurdo pra complicar ainda mais a vida da gente. Por isso reduzi o consumo e só usar quando for preciso”, lamenta.
O proprietário de uma revendedora de gás de cozinha no bairro Castanheiras, Breno Silveira, teme que os preços continuem aumentando ao longo do ano. “Você tenta repassar, mas não consegue, às vezes consegue, mas tem que recuar porque as vendas diminuem, seu lucro cai. Tá uma loucura isso aí. Se continuar nessa levada, o preço vai chegar para o consumidor a R$ 100 logo, logo”, reclamou.