Funeral da rainha Elizabeth 2ª começa com cortejo em Londres

por IVAN FINOTTI, LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) – Multidões de britânicos saíram às ruas nesta segunda (19) para, enfim, se despedir da rainha Elizabeth  2ª, soberana mais duradoura da história do Reino Unido. Ela morreu aos 96 anos, há exatos 11 dias.

A cerimônia teve início por volta das 6h40 (horário de Brasília), quando o caixão foi levado da plataforma onde era exibido desde a quarta-feira -e onde foi visitado por milhares de britânicos- até a carruagem da Marinha Real.

O trajeto entre o Salão de Westminster a abadia de mesmo nome foi liderado por quase 150 marinheiros, e seguido pelos filhos da rainha, o rei Charles 3º e seus irmãos, a princesa Anne e os príncipes Andrew e Edward, e os filhos do rei, os príncipes William e Harry.

Todos usavam uniformes militares, menos Andrew e Harry, afastados da monarquia.

Ao chegar na abadia, juntaram-se ao cortejo a rainha consorte, Camilla; a esposa de William, a princesa Kate; e os filhos mais velhos do futuro herdeiro do trono, o príncipe George e a princesa Charlotte.

Como em procissões anteriores, o caixão foi coberto por uma bandeira com o estandarte real e um arranjo de flores. Desta vez, colhidas nos jardins do Palácio de Buckingham, Clarence House e Hilgrive House, e feito de maneira sustentável a pedido do rei Charles, historicamente engajado no ativismo ambiental.

Pouco antes das 8h, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a residência oficial do embaixador Fred Arruda, em Londres, para seguir para o funeral.

Novamente parou para conversar com as dezenas de apoiadores que o aguardavam na fria manhã londrina. Perguntou a eles sobre as condições de vida na cidade, citando a crise energética e inflação.

“Vocês tem alguma dúvida de que o Brasil é a terra prometida? Por que insistir em colocar um ladrão de volta na Presidência?”, perguntou, em referência à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto.

Questionado pela imprensa sobre sua viagem ao Reino Unido em momento de campanha presidencial, se irritou. “Vocês acham que eu vim para cá fazer política? Não vou responder. Faz uma pergunta decente. Se eu não viesse, estaria sendo criticado.”

Bolsonaro também citou a reportagem do UOL que revelou que ele e sua família compraram 51 imóveis com dinheiro vivo nas últimas décadas. “A questão dos imóveis, canalhice! Pegaram parentes meus que têm vida própria. Covardia, covardia. Três anos e meio sem corrupção no meu governo. Só da Petrobras aquele cara desviou US$ 160 bilhões. Estão com saudade daquela patifaria?”

Em seguida, Bolsonaro seguiu para o Royal Hospital em Chelsea. Ali, autoridades de todo o mundo se reuniram antes de serem transportadas para a Abadia de Westminster.

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