BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – Por algumas horas na quinta-feira (6) o Atlético Mineiro acreditou que Carlos Carvalhal seria seu treinador nas duas próximas temporadas. Estava tudo certo entre técnico português e clube mineiro, como tempo de contrato e salários. Mas faltava o acerto com o Braga, equipe de Carvalhal. O time português exige uma compensação financeira para liberar o treinador e o valor pedido está muito acima do que o Galo estava disposto pagar.
Carlos Carvalhal tem contrato até junho e a multa rescisória é de 10 milhões de euros (cerca de R$ 64 milhões), mas o Braga aceita reduzir o valor para 2 milhões (aproximadamente R$ 13 milhões), pelo fato de o vínculo com técnico não ter mais nem seis meses de duração. Apesar do desconto, o valor foi considerado alto demais pelo Atlético Mineiro. Inicialmente o clube não desejava pagar nenhum valor, mas depois se mostrou propenso a indenizar o Braga, mas com uma quantia bem inferior à que o clube luso desejava.
Para deixar Portugal e mudar-se para o Brasil, Carlos Carvalhal exigiu também trazer toda a comissão técnica que está com ele no Braga. O Atlético Mineiro não se opôs, já que sua comissão fixa não seria afetada. Porém um dos auxiliares de Carvalhal desistiu da mudança, como informou o site Goal e confirmou o UOL Esporte. Na conversa em que seria para comunicar a mudança de continente, Carvalhal foi convencido a seguir em Portugal pelo menos até o fim da temporada europeia. O Braga é o quarto colocado no Campeonato Português e está classificado para o mata-mata da Liga Europa.
Esta não é a primeira vez que uma negociação entre Atlético Mineiro e Carlos Carvalhal termina frustrada. Em 2019 o treinador português disputou o cargo com o Rafael Dudamel, mas acabou preterido pela então diretoria alvinegra para treinar o time na temporada 2020.
Carlos Carvalhal foi a segunda tentativa frustrada do Galo de contratar um treinador português. A primeira opção era Jorge Jesus, mas a negociação com o técnico campeão da Copa Libertadores de 2019 não avançou. Assim, a diretoria atleticana volta ao mercado para encontrar um substituto para Cuca, que pediu demissão depois de conquistar o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, em 2021.