Durante a operação Lavoisier, deflagrada na manhã desta terça-feira (6) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Governador Valadares. O objetivo da ação foi apurar a ação de um grupo criminoso que atua falsificando e fraudando registros de veículos apreendidos para fins de leilões em pátios credenciados do Detran.
Segundo o Ministério Público, a PC cumpriu 15 mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo da segunda vara de Guanhães. Além de Governador Valadares, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos simultaneamente, também, nas cidades de Guanhães, Diamantina, Pedra Azul, Ipatinga e Belo Horizonte.
Ainda de acordo com as investigações do Gaeco, o grupo criminoso incluía veículos apreendidos em procedimentos criminais em leilões sem a devida autorização do juízo criminal competente, frustrando a reparação do dano ou até mesmo restituição do bem ao legítimo proprietário.
Grupo agia de forma clandestina
As investigações desenvolvidas pelo Ministério Público também apontaram que a dinâmica do grupo criminoso acontecia de forma clandestina. As peças eram retiradas dos veículos apreendidos, seja para serem vendidas a terceiros ou até mesmo para tornar os veículos menos atrativos quando dos leilões, havendo então o arremate por alguém do grupo a preço vil e a posterior recolocação das peças retiradas.
O nome da operação é uma referência a fala atribuída ao químico Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, devido a dinâmica da atuação do grupo criminoso que encomendava ou receptava veículos furtados/roubados, cujas peças eram retiradas para revenda ou utilização em veículos envolvidos em acidentes.
A operação foi deflagrada em conjunto com Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da unidade Governador Valadares do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 1ª Promotoria de Justiça de Guanhães, com a Polícia Civil e com a Polícia Militar de Minas Gerais.
