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Governo de Minas suspende licença ambiental de mineradora no Leste de Minas

FOTO: Redes sociais

GOVERNADOR VALADARES – A mineradora Geotron, localizada em São Geraldo do Baixio, no Leste de Minas Gerais, teve a licença ambiental suspensa por tempo indeterminado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad). O motivo: a empresa é acusada de uma série de crimes ambientais e degradação. A empresa explorava rochas ornamentais na cidade.

A Geotron acumula uma série de autos de infração ambientais, resultado direto de práticas consideradas ilegais e prejudiciais ao meio ambiente. Entre os principais pontos apontados pelos órgãos de fiscalização está a expansão das operações para além dos limites licenciados, atingindo inclusive áreas de preservação ambiental, o que configura invasão de território protegido.

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Outro ponto grave é a falta de controle no descarte de resíduos e efluentes, que, segundo as autoridades, tem contribuído para a contaminação do solo e da água. Além disso, a empresa também foi autuada por poluição atmosférica, já que realizava a queima de materiais a céu aberto, liberando fumaça e poluentes no ar.

Por fim, os fiscais destacam também o descumprimento reiterado das medidas de recuperação ambiental, condicionantes essenciais para reduzir os impactos da atividade minerária — mas que, na prática, vinham sendo ignoradas pela empresa.

A mineradora foi alvo de diversas fiscalizações, provocadas por denúncias e pedidos do Ministério Público. Como resultado, foram aplicadas multas, sanções administrativas e, em 2021, a interrupção formal das operações.

A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) confirma que, desde essa interrupção em 2021, não há qualquer registro oficial de que a empresa tenha retomado suas atividades de forma legal. Mas imagens de drone, feitas dois meses atrás, provam o contrário. Apesar da Feam entender que a mineradora havia paralisado a operação, o trabalho continuava diariamente.

E o que é mais grave: desde 2018, a empresa ignorava e descumpria um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, que exigia a recuperação e a reparação ambiental da área degradada.

A situação configura não apenas um crime ambiental, mas um flagrante descaso com a Justiça e com a saúde do ecossistema local. Indignado, um morador da região chegou a entrar com uma ação popular cobrando providências das autoridades.

“Quando eu recebi a denúncia, como jornalista, como repórter, eu fiquei impressionado. Mas impressionado com o desrespeito, sabe? Com a conivência, com o silêncio, dos órgãos competentes que deveriam dar a resposta. Mesmo diante de inúmeras autuações, infrações que já foram registradas, essas instituições se omitiram, permitindo que a empresa continuasse degradando o meio ambiente, extraindo nossas riquezas do solo e exportando livremente sem qualquer controle dos órgãos competentes. Isso, pra mim, é um absurdo. O silêncio institucional diante disso é alarmante. Trata-se de, primeiro, um crime de prevaricação com indícios claros de corrupção, porque tem alguém dentro dessas instituições que está fazendo vistas grossas, tipo ‘vamos deixar isso do jeito que está’. Isso é um absurdo. E o mais revoltante é que mesmo com todos esses elementos a justiça ainda permite que isso continue acontecendo. Ninguém faz nada, ninguém para essa empresa. E ela se coloca como intocável e a gente quer saber o por quê, quem está por trás disso. Isso é um absurdo que precisa ser enfrentado com urgência”, disse.

Além das denúncias de crimes ambientais, a Geotron também está sendo executada pelo Estado. O processo, que é público, mostra que a empresa deve R$ 8 milhões ao governo de Minas Gerais.

A assessoria de imprensa da empresa foi procurada, mas ainda não se manifestou.

Confira na íntegra a nota da Feam e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

“A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) informam que a licença ambiental para o empreendimento localizado no município de São Geraldo do Baixio foi suspensa na quarta-feira, 15 de outubro de 2025.

Entre 2014 e 2025, o empreendimento foi alvo de diversas fiscalizações pelos órgãos ambientais estaduais, em atendimento a denúncias e requisições do Ministério Público. Como resultado, foram aplicadas sanções administrativas, incluindo multas e, em 2021, a interrupção das operações no local.

Desde então, não foram identificadas, nas vistorias realizadas, evidências de retomada das atividades em descumprimento à penalidade imposta.

Emitida em maio de 2019 para execução de atividades de lavra a céu aberto de rochas ornamentais e de revestimento e pilha de rejeito/estéril de rochas ornamentais, a autorização foi revogada devido a uma série de irregularidades, indicadas em autos de infração ao longo do período mencionado.

A Feam e a Semad reafirmam seu compromisso com a fiscalização ambiental rigorosa e informam que todas as medidas cabíveis seguem sendo adotadas, conforme a legislação vigente.”

Comments 1

  1. Jose R Esequiel says:

    Como que a vale arrebenta o meio ambiente e ninguem se comove ,hipocrisia

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