Finalização das obras no Teatro Atiaia ainda depende de readequação de valor defasado do orçamento inicial

Gestor da obra, Luiz Mauro indica que a parte da construção civil está quase no fim. Depois dela vêm os trabalhos de acabamento e revestimento

As obras do Teatro Atiaia se iniciaram em agosto do ano passado e tinham previsão de ser finalizadas um ano depois, mas, de acordo com o presidente da Cia de Teatro Katarriso e gestor da obra, Luiz Mauro, a finalização está dependendo de uma readequação dos valores no orçamento que foi feito em 2018, mas que foi aprovado só em 2020. Com a pandemia, muitos produtos tiveram aumento considerável no preço. Além disso, houve um corte de R$ 500 mil do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Uma nova projeção foi feita para o término das obras, que seria em dezembro deste ano, desde que outras empresas abracem o projeto de reforma.

Segundo Luiz Mauro, a readequação se deve à defasagem dos preços e atividades não previstas inicialmente no projeto, mas que se fizeram necessárias no momento da execução, e indica que está buscando a autorização dessa readequação dos valores defasados. “Estamos fazendo o possível, correndo para concretizar cada etapa do projeto. Mas o que mais pegou no projeto, além dos problemas enfrentados pela falta de uma planta de como o teatro estava na hora das obras, foi que uma obra com previsão de gastos em torno de R$ 3 milhões teve cerca de R$ 500 mil cortados pelo IPHAN. Tivemos também uma defasagem de cerca de dois anos (2018-2020) no valor orçado na tabela do SETOP/SINAP 2018 e orçamentos dessa data. Pedimos uma readequação em outubro de 2020 para ajustes dos valores e estamos aguardando o órgão responsável e o parecer favorável para conseguirmos concluir a obra como previsto”, disse.

Luiz Mauro relata também algumas dificuldades no início das obras iniciadas em plena pandemia e por não ter projeto de 1982 do teatro. “Infelizmente, tivemos alguns percalços, principalmente no início das obras, que se deu em meio à pandemia: falta de alguns materiais, falta do projeto de 1982 do teatro. A cada demolição, fundação/escavação, tivemos que ir com cautela, pois nunca sabíamos o que estava no solo ou atrás das paredes. Costumamos dizer: um leão a cada dia”, disse.

Apesar de alguns percalços, Luiz Mauro revela que a reforma está no final da etapa civil, e em breve entrará na etapa de revestimento e acabamento dos 27 ambientes do Teatro Atiaia. “Os ambientes com obras civis entregues para acabamento são o foyer, bilheteria, fosso do elevador, hall do auditório, banheiros coletivos masculino, feminino e PNE, camarim PNE com banheiro, cabine de comando de luz, som e imagem, mezanino, auditório do teatro, escadas de saída, escadas de serviço e escadas de acesso aos novos camarins. Ainda falta finalizar a parte civil, o fraldário e o palco no subsolo, enquanto no primeiro piso ainda tem o hall social dos artistas, camarim masculino, camarim feminino, salão de eventos culturais, copa, sala de exposição de artes, sala de ensaio de teatro, sala de ensaio de música e sala de ensaio de dança”.

Depois da finalização da etapa civil, obras do Atiaia partirão para o acabamento e revestimento dos ambientes (Foto: Yago Rioga)

“A cada ambiente que a civil nos entrega é o sonho mais perto de ser realizado, mesmo em meio à pandemia da covid-19. O sonho de ver o teatro reformado e modernizado não morre frente aos desafios. Em setembro de 2020 abrimos as portas para visita dos artistas ao canteiro de obras. Agora em maio pretendemos agendar uma nova visita, para todos verem o andamento da etapa civil, e em junho ou julho se iniciará a etapa de acabamentos e revestimentos”, finaliza Luiz Mauro.

Dos valores captados para a reforma, a Vale entrou inicialmente com R$ 1 milhão e meio, e em dezembro anunciou mais uma doação de R$ 456.588,87. A Cenibra entrou com R$ R$ 580 mil, enquanto R$ 60 mil vieram do Fundo Municipal de Patrimônio Histórico.

O projeto arquitetônico do Atiaia foi apresentado à Lei Federal de Incentivo à Cultura pela Companhia de Teatro Katarriso, juntamente com engenheiros e arquitetos da cidade, ao Ministério do Turismo. Já o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural promoveu o tombamento do bem, o que possibilitou que o teatro tivesse acesso a novas fontes de captação de recursos e se enquadrasse em uma categoria da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o que permitiu o recebimento dos patrocínios.

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