Fecomércio MG analisa impactos do novo auxílio emergencial

De acordo com pesquisa da entidade, 92,1% dos entrevistados acreditam que o benefício foi importante para movimentar a economia em 2020, enquanto 86,4% creem que a medida contribuiu para as vendas do comércio

A volta do pagamento do auxílio emergencial provocou um ‘alívio’ para milhares de famílias brasileiras. No entanto, ainda é insuficiente e não atingiu toda a população necessitada. Em abril, de acordo com o Ministério da Cidadania, 39,1 milhões de famílias foram beneficiadas com o retorno do benefício em 2021. Ao todo, foram repassados R$ 8,9 bilhões nesse período. Caso não haja acréscimo de beneficiários, a expectativa é que o mesmo montante seja destinado em maio.

Apesar disso, o número de atendidos está abaixo do previsto inicialmente pelo governo federal (45,6 milhões de pessoas), assim como a quantia destinada às quatro parcelas previstas (R$ 35,6 bilhões ante R$ 44 bilhões reservados). Os recursos devem, mais uma vez, ser primordiais para a recuperação social e econômica frente à pandemia de covid-19.

De acordo com pesquisa da Fecomércio MG, 92,1% dos entrevistados acreditam que o benefício foi importante para movimentar a economia em 2020, enquanto 86,4% creem que essa medida contribuiu para as vendas do comércio. A análise também apontou que 82,6% dos empresários consideram que o fim do auxílio emergencial foi prejudicial à economia mineira.

Dada a relevância do benefício, 86,4% defendem que o retorno dessa medida é importante para a retomada da atividade econômica. “O auxílio, embora menor que o pago no início da pandemia, deve ajudar às famílias a quitar dívidas e comprar itens básicos de primeira necessidade”, avalia o economista-chefe da Fecomércio MG, Guilherme Almeida.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o novo auxílio emergencial terá um impacto oito vezes menor do que a primeira versão. Quando criado em abril de 2020, o auxílio foi pago a pessoas vulneráveis aos efeitos econômicos da pandemia, em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental.

Depois, o benefício foi estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada. Em 2021, a nova rodada de pagamentos prevê quatro parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil: as famílias, em geral, recebem R$ 250; a família monoparental, chefiada por uma mulher, recebe R$ 375; e pessoas que moram sozinhas recebem R$ 150.

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