Mais cinco cidadãos brasileiros foram acusados de envolvimento em uma conspiração nacional para criar contas fraudulentas em aplicativos de motoristas de várias empresas de serviços de compartilhamento de viagens e entrega de alimentos. Eles também foram indiciados por usar identidades roubadas dos próprios clientes das empresas que trabalhavam para abrir as contas.
Os goianos Gustavo de Ávila Moreira Farinha, de 29 anos, e Tatiane Pereira Arantes, de 37, foram presos na manhã do dia 13. Além deles, também foram detidos Natalia Magalhães Rocha e Leonardo Trulsen de Oliveira, ambos de 29 anos. O quinto brasileiro encontra-se foragido e não teve a identidade revelada.
De acordo com a denúncia, o suposto esquema envolvia a obtenção de imagens e informações da carteira de habilitação e do número da Previdência Social das vítimas (Social Security); criar contas para dirigir para as empresas de viagens compartilhadas e entregas de alimentos usando esses documentos de identificação roubados.
Os membros do esquema alugavam ou vendiam as contas para pessoas que, de outra forma, não se qualificariam para dirigir nessas empresas. Os acusados também foram indiciados por sonegar impostos.
As autoridades acreditam que duas mil pessoas possam ter sido vítimas e até o momento. Os agentes identificaram cerca de 100 na Califórnia.
Conforme alegado na denúncia, esse esquema teve início por volta de 2018, inicialmente com empresas de compartilhamento de viagens. Na primavera de 2020, com a pandemia de COVID-19 em pleno andamento e os californianos trancados em suas casas, os conspiradores se afastaram das empresas de caronas, em que viram uma redução dramática nas solicitações de viagens. Eles foram para as empresas de entrega de alimentos, mercearias entre outras, que aumentaram muito na época.
Durante as entregas usando essas contas fraudulentas que checavam as identidades dos clientes, alguns dos conspiradores roubavam os dados para criar novas contas e perpetuar o esquema.
“O roubo de identidade é um tipo especial de infortúnio para as vítimas, pois passam anos tentando provar a inocência ou se livrar de alguma acusação”, disse o procurador em exercício dos EUA, Randy Grossman. “Estas prisões são o primeiro contra-ataque em nome dessas vítimas”. Grossman elogiou os esforços extraordinários do promotor Kevin Mokhtari e agentes do HSI para obter justiça neste caso.
Já haviam sido presos outros 10 brasileiros, que são:
• Wemerson Dutra Aguiar, 25, residente em Lynn e Woburn, Massachusetts;
• Priscila Barbosa, 35, residente em Saugus, Massachusetts;
• Edvaldo Rocha Cabral, 41, residente em Lowell, Massachusetts;
• Clovis Kardekis Placido, 37, residente em Citrus Heights, Cali;
• Guilherme da Silveira, 28, residente em Revere, Massachusetts;
• Flavio Candido da Silva, 35, residente em Revere, Massachusetts;
• Altacyr Dias Guimarães Neto, 34, residente em Kissimmee, Flórida;
• Bruno Proencio Abreu, 28, residente em Saugus, Massachusetts;
• Jordano Augusto Lima Guimarães, 34, residente em Salem, Massachusetts;
• Alessandro Félix da Fonseca, 25, residente em Revere, Massachusetts
Fonte: Brazilian Times
