Familiares, políticos e apoiadores se despedem de Bruno Covas

ARTUR RODRIGUES E GILMAR ALVES JR. / SÃO PAULO E SANTOS, SP (FOLHAPRESS) – Em uma cerimônia restrita à família e a poucas autoridades, o corpo de Bruno Covas (PSDB), 41, foi sepultado por volta das 18h deste domingo (16) no Cemitério do Paquetá, em Santos (SP), onde o avô Mário Covas também foi enterrado.

O carro funerário entrou no cemitério às 17h39. Nas horas que antecederam a chegada do corpo do prefeito, não foi permitida aglomeração nas vias no entorno do cemitério. Os que participaram do sepultamento entraram com máscara, seguindo protocolos contra a disseminação de coronavírus.

“O Brasil não perde só um grande homem público, a capital de São Paulo não perde apenas o seu grande prefeito. Nós perdemos um grande brasileiro”, disse o governador João Doria a jornalistas no local. Ele afirmou ainda que Covas deixa um legado de um ser humano amigo, de espírito “sempre muito afetuoso, brincalhão e integrador”.

O velório de Bruno Covas, que morreu neste domingo (16) em decorrência de um câncer, aconteceu no edifício Matarazzo, sede da administração municipal no centro da capital, sob forte comoção de familiares, políticos e apoiadores.

O corpo do prefeito chegou à prefeitura carregado por agentes da Guarda Civil Metropolitana por volta das 13h15. Assim como no enterro, a entrada foi restrita a familiares e amigos mais próximos por causa da pandemia de covid-19.

Cerca de 20 pessoas acompanharam uma missa em homenagem ao prefeito. Estiveram no local os pais de Covas, Pedro Lopes e Renata Covas Lopes; o filho, Tomás; a ex-mulher, Káren; o irmão, Gustavo; o governador de São Paulo e a primeira-dama, João Doria e Bia Doria, e o novo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e sua mulher, Regina Nunes, além de amigos e secretários. Tio de Bruno, o também político Mário Covas Neto participou da missa lendo um dos trechos da cerimônia.

A imprensa se revezou durante o evento e cada jornalista podia ficar cinco minutos dentro do hall da prefeitura.

A missa foi rezada pelo padre Rosalvino Morán, da Obra Social Dom Bosco, próximo de políticos tucanos e amigo da família Covas. Ele exaltou a simplicidade, a humildade e a seriedade de Covas e comparou-o ao avô, Mário Covas.

Durante a missa, Tomás, o filho de Covas, recebeu apoio das pessoas presentes e, emocionado, colocou a cabeça junto ao corpo do pai. Ao fim da cerimônia, ajudou a carregar o caixão de Bruno Covas até o carro do Corpo de Bombeiros.

Do lado de fora, pessoas com bandeiras do Brasil, do PSDB e do Santos Futebol Clube, para o qual o prefeito torcia, se concentraram no viaduto do Chá, em frente à prefeitura. Com faixas, flores e bexigas brancas, eles aplaudiram o prefeito quando o carro com o corpo dele chegou.

O caixão de Covas saiu da prefeitura por volta das 14h30, sob aplausos, enrolado nas bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e da capital paulista. Balões brancos foram soltos pelo ar.

O corpo do prefeito circulou em rápido cortejo em carro aberto do Corpo de Bombeiros por ruas do centro e subiu até a avenida Paulista, onde apoiadores se concentraram na praça do Ciclista. Lá, o cortejo ganhou corpo e seguiu em ritmo mais lento pela avenida em direção ao Paraíso, com apoiadores carregando bandeiras do partido e da campanha do prefeito.

Na avenida, um grupo de jovens tucanos, o Tucanáticos, do qual o filho do prefeito faz parte, gritou o nome de Covas durante todo o trajeto.

Entre os apoiadores, um grupo trouxe uma faixa com uma das últimas manifestações de Covas, no hospital, que dizia: “Abaixar a cabeça? De jeito nenhum”.

Na altura do Masp (Museu de Arte de São Paulo), escolas de samba paulistanas fizeram uma homenagem a Covas com seus estandartes.

O cortejo terminou sob muitos aplausos, tanto de militantes quanto de pessoas que passeavam na Paulista, na praça Oswaldo Cruz, por volta das 16h. Depois o corpo seguiu para Santos.

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