Família busca ajuda para trazer corpo de mineira encontrada morta na fronteira dos EUA

FOTO: Arquivo Pessoal

Márcia Cristina Dutra, de 36 anos, morreu ao tentar atravessar ilegalmente a fronteira do México com os Estados Unidos. A mulher é de Caratinga, no Leste de Minas. O DIÁRIO DO RIO DOCE confirmou a informação com o Ministério de Relações Exteriores e o Consulado-Geral em Los Angeles, na Califórnia (CA).

Dia 20 de julho

De acordo com o Consulado, Márcia já estava sem vida quando agentes da  “U. S. Customs and Border Protection – CBP” a encontram. Isso aconteceu no dia 20 de julho, por volta das 14h, na região de Campo, condado de San Diego, CA.

Conforme o Consulado, por causa da dificuldade de acesso, o “San Diego County Sheriff’s Department” encontrou o corpo da mineira somente 4 dias depois. O local é montanhoso, próximo à fronteira com o México, com clima seco e quente no verão. Para o resgate foi necessário o uso de helicóptero. Em seguida, as autoridades norte-americanas levaram o corpo ao “San Diego Medical Examiners”, para conservação e investigação da causa da morte.

O Consulado informou que segue apurando o que teria acontecido com Márcia. Até o momento, o que se sabe é que ela, “após sentir-se mal, foi deixada para trás pelo grupo de migrantes indocumentados com os quais havia cruzado a fronteira México-EUA. Mas antes que pudesse ser encontrada e socorrida, a Sra. Márcia Cristina Dutra faleceu”.

Translado do corpo

Por fim, o Consulado-Geral em Los Angeles disse que tomou ciência do caso desde a última sexta-feira (21) e tem mantido diálogo constante com as autoridades policiais e de fronteira norte-americanas. Além disso, o Consulado avisou a família no Brasil e vem tomando as providências necessárias para a repatriação do corpo.

O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de nota, que “em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais. O translado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos”. 

Vaquinha online

Após a confirmação da morte de Márcia Cristina, familiares e amigos se reuniram para ajudar no translado do corpo da mineira. Para isso, criaram uma vaquinha online onde qualquer pessoa pode contribuir. De acordo com a meta estabelecida, para arcar com as despesas do translado, a família precisa de aproximadamente 18 mil dólares, o que equivale a aproximadamente R$ 85 mil. 

No entanto, até o momento, no dia 26 de julho, a vaquinha já arrecadou um pouco menos do que a metade do valor da meta (US$ 8.568).

Comments 2

  1. Augusto Correia Filho. says:

    Pq ainda tem pessoas que tentam entra nos EEUU pela porta detrás, já fui lá 2 vezes, entrando pela porta da frente como turista, só não quis ficar lá com clandestino.

    • Com certeza essas pessoas não tiveram a sorte de terem seus vistos como você. Elas arriscam suas vidas para terem uma vida melhor. Muitas vezes pensando na família em dar uma uma vida melhor até mesmo aos seus filhos. Não podemos julgar suas decisões. Se todos tivessem uma vida digna no Brasil com certeza isso não aconteceria.

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