AIMORÉS – A partir dessa segunda-feira (15), o Instituto Terra recebe a exposição itinerante “Primatas da Mata Atlântica”, que reúne fotografias, ilustrações e sons de 24 espécies de primatas nativos dessa rica biodiversidade. A mostra, produzida pelo Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), conta com a curadoria do biólogo e fotógrafo André Alves e traz registros impressionantes feitos por fotógrafos profissionais e primatólogos, além de ilustrações científicas do artista Stephen Nash.
O Instituto Terra, que desde sua fundação em 1998 tem como missão a restauração ecológica e a promoção da educação ambiental, celebra a chegada da exposição, que alia ciência, arte e sensibilização para a conservação. “Para o Instituto Terra, que tem a restauração ecossistêmica e a educação ambiental como pilares de atuação, receber uma exposição como essa é muito gratificante. É uma forma de somar conhecimento científico, expressão artística e sensibilização ambiental em um mesmo espaço”, comenta Jeieli Capettini, Gerente de Educação do Instituto.
Após passar por diversos locais de destaque, como o INMA, a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e o Parque Botânico Vale, em Vitória (ES), a exposição chega ao Instituto Terra e convida os visitantes a refletirem sobre a importância da preservação dessas espécies e a relação histórica entre os primatas e os seres humanos. Localizado em uma área reflorestada da Bacia do Rio Doce, o Instituto Terra oferece o cenário perfeito para essa reflexão ambiental.
Sérgio Lucena, primatólogo e diretor do INMA, destaca o grande desafio que esses primatas enfrentam para sobreviver, especialmente devido à destruição de seus habitats naturais. “Há milhares de anos, um dos maiores desafios de nossos primos da mata é a convivência com seu parente humano, por serem caçados para alimentação e mantidos como animais de estimação. No entanto, esses desafios nem se comparam aos dos últimos séculos, quando suas florestas vêm sendo sistematicamente cortadas, queimadas, dilaceradas e exterminadas. Hoje, mais do que salvar suas próprias vidas, o desafio é salvar suas espécies da extinção”, explica Lucena.
A exposição “Primatas da Mata Atlântica” não é apenas uma amostra de fotos, mas uma verdadeira experiência sensorial. “O audiovisual permite-nos sentir e pensar sobre a vida no planeta. Imagens e sons vão muito além de simples registros. Nessa exposição, nos levam a entrar no universo dos primatas, conhecer seu comportamento, sua identidade e os ecossistemas onde vivem. Ouvir o som dos primatas e olhar para eles, cara a cara, remete-nos à nossa existência, aos nossos ancestrais”, afirma o curador André Alves.
A exposição ficará aberta ao público até o dia 30 de novembro de 2025, com visitas de terça-feira a domingo, das 8h às 11h e das 13h às 16h. A entrada custa R$ 25,00, mas às quartas-feiras, a entrada é gratuita. “Essa é mais uma oportunidade para conhecer a riqueza da Mata Atlântica. Esperamos que as pessoas venham ao nosso espaço para conferir e refletir sobre a urgência da conservação”, finaliza Jeieli Capettini.











