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Experiência de artistas de Valadares ganha podcast com lei de incentivo

FOTO: Arquivo pessoal

Através da Lei Paulo Gustavo, o trabalho de artistas plásticos de Valadares será apresentado pelo Contando Cores

GOVERNADOR VALADARES – Contar e ouvir as histórias de artistas regionais. Essa é a proposta do Contando Cores Podcast. Um projeto criado e idealizado pela artista plástica Késsia Nay e colocado em prática com o auxílio da Lei Paulo Gustavo. Uma regulamentação, aliás, que garante a artistas, produtores e organizadores culturais uma verba pública para executar ações culturais em todo o território nacional.

Em entrevista ao DIÁRIO DO RIO DOCE, Késsia revela que começou a planejar o Contando Cores ao perceber a força artística em Valadares. De acordo com a especialista em pintura a óleo, ela viu no projeto uma forma de enriquecer o conhecimento cultural da comunidade através dos talentosos conterrâneos.

Contando Cores

“A ideia surgiu da minha experiência como artista plástica ativa no meu ateliê de arte (Késsia Nay Ateliê), das minhas vivências como instrutora de pintura a óleo e do meu contato com artistas através da Associação de Artistas Plásticos do Vale do Rio Doce. Este contato contínuo com a área artística me fez perceber o quanto as artes visuais e o artesanato são presentes. E, ao mesmo tempo, carentes de variedade de espaços para circulação. Aqui em Governador Valadares, há muitos talentos: pessoas que circulam na cidade, no Brasil e até mesmo no exterior. São pessoas que produzem peças originais, criativas e diferenciadas. Trazer essas histórias é uma forma de promover os artistas locais, fortalecer o enriquecimento cultural da comunidade, possibilitar a educação artística de forma acessível assim como reforçar a identidade cultural da região por meio da arte”, explica.

Seleção

De acordo com a pintora, os personagens de cada episódio são selecionados após uma rápida resposta a um formulário criado pela host (nome dado aos anfitriões de podcast). Ainda conforme a pintora, os principais requisitos para ser escolhido é estar atuando na área e focado nas artes visuais ou no artesanato.

“No site www.contandocores.com há um formulário de inscrição para os interessados em participar do podcast. Dessa forma, os próprios artistas visuais e artesãos podem mostrar seu trabalho e contar sua história. Além da inscrição, também há um link para indicação de artistas. Os principais requisitos para a participação são: ser um artista visual ou artesão de Governador Valadares e região e estar atuando na área no momento. A partir desses pré-requisitos, a ideia é convidar pessoas atuantes em diversas áreas das artes visuais e do artesanato, com o intuito de promover os trabalhos e compartilhar informações que ajudem aqueles que também desejam se tornar artistas ou artesãos”.

Com o Contando Cores disponível em várias plataformas digitais, Késsia pontua a vontade de torná-lo um programa permanente e ampliar a quantidade de episódios semanais. Para que, assim, novos temas e participantes tenham a oportunidade de ganhar espaço.

Videocast

Hoje, o Contando Cores é tanto um podcast quanto um videocast, disponível em plataformas de áudio como o Spotify e em plataformas de vídeo, como o YouTube.

“Os videocasts também contam com acessibilidade comunicacional, com pessoas responsáveis por legendar e realizar a tradução em Libras. A ideia é tornar o Contando Cores um projeto permanente do meu ateliê – o qual utilizo para minhas produções artísticas e culturais. Visando continuar promovendo artistas locais e de outras regiões. Se não for viável manter o videocast nas plataformas de vídeo, devido aos recursos necessários, considerando que ele está sendo possível graças ao incentivo da Lei Paulo Gustavo, a ideia é dar continuidade ao podcast nas plataformas de áudio. Dessa forma, será possível ampliar a quantidade de episódios, abordar diferentes temas da arte e incluir mais participantes.

Lei Paulo Gustavo

Portanto com a prorrogação sancionada, a garantia dos recursos financeiros disponibilizados através da Lei Paulo Gustavo, a princípio, permanecerá até o fim deste ano. Assim, a lei complementar foi criada para incentivar e reaquecer o setor cultural, gravemente afetado pela pandemia de covid-19.

“Através da Lei Paulo Gustavo, muitos projetos relevantes podem ser impulsionados. Em cidades do interior, como a nossa, é comum que artistas e talentos locais fiquem à margem dos circuitos culturais e artísticos das grandes capitais. Com os incentivos desta lei, abre-se uma oportunidade para encaminhar projetos que promovam o audiovisual e a cultura, agregando positivamente à sociedade. É importante ressaltar que esses projetos visam oferecer contrapartidas significativas para a população, gerando benefícios tangíveis para a comunidade”, comenta a artista plástica.

Contudo, se engana quem pensa que Késsia Nay estará focada apenas no podcast. Ela também está envolvida no projeto Traços e Cores. Outra proposta apoiada pela lei de apoio aos artistas e à cultura.

“Este segundo projeto tem como foco o ensino de pintura a óleo para crianças e jovens do Instituto Nosso Lar, localizado no bairro Turmalina. Ele foi inscrito e aprovado na categoria “Demais Áreas”, que abrange setores além do audiovisual. Estou muito feliz em poder executar esses projetos e com os resultados que eles estão alcançando. Além desses projetos, continuo ministrando aulas particulares de pintura e produzindo obras de arte em quadros pintados a óleo em meu ateliê. Toda essa atividade me mantém imersa no mundo das artes e me motiva a contribuir ainda mais para o setor artístico no Brasil”.

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