O ex-policial de Mineápolis Derek Chauvin traiu seu distintivo na prisão fatal de George Floyd no ano passado, afirmou um promotor aos jurados em sua declaração de abertura no julgamento de Chauvin por assassinato em um tribunal com segurança reforçada nessa segunda-feira (29).
Os advogados de Chauvin, que precisam lidar com diversos vídeos da prisão que podem ser perturbadores para o júri, dizem que o veterano com 19 anos de experiência na polícia seguiu seu treinamento.
“O uso da força não é agradável, mas é um componente necessário da polícia”, disse Eric Nelson, principal advogado de Chauvin, em sua declaração de abertura, enquanto buscou acrescentar que o contexto das imagens em vídeo teria sido ignorado. As imagens geraram protestos generalizados contra a brutalidade policial contra pessoas negras no país.
Mas os promotores disseram aos jurados que eles irão ouvir depoimentos nas próximas semanas, inclusive do chefe de polícia de Mineápolis, de que o uso de força de Chauvin foi excessivo, enquanto buscam uma rara condenação de um policial norte-americano pelo assassinato de um civil.
Jerry Blackwell, promotor da Procuradoria-Geral do Estado de Minnesota, disse ao júri racialmente diverso que os oficiais que usam a insígnia policial de Mineápolis prometem nunca utilizar “a força ou a violência de maneira desnecessária”.
“Vocês irão saber que no dia 25 de maio o Sr. Derek Chauvin traiu sua insígnia ao utilizar força excessiva e não razoável sobre o corpo de George Floyd”, disse Blackwell, que se dirigiu ao júri por pouco menos de uma hora.