GOVERNADOR VALADARES – O Tatersal Cantídio Ferreira, localizado no Parque de Exposições José Tavares Pereira, foi cenário na tarde desta quarta-feira (10), do evento ‘A voz da mulher empreendedora’, cujo tema foi Gestão e Sucessão Familiar.
O ato em questão compõe a programação da 53ª edição da ExpoAgro-GV e teve como objetivo reforçar a voz, gestão feminina e a presença da mulher na sucessão familiar, independentemente de ser no agronegócio, no campo, no meio industrial ou em ambientes diversos.
Nomes de peso estiveram presentes na segunda edição do evento. A principal presença foi de Lu Romancini, CEO da Romancini Troncos, empresa fundada por seu pai há mais de 55 anos.
Pela primeira vez em Governador Valadares, a palestrante contou aos presentes seu case de sucesso, disse que não foi preparada para suceder e que nem era do agro.
“Há oito anos assumi os negócios da família. Hoje eu venho contar todos os entraves e desafios que enfrentei, para que assim as pessoas que estejam se preparando para suceder, enxerguem que, apesar das dificuldades, é sempre possível”, afirmou Romancini.
A palestrante explicou que quando uma abordagem real é exposta, sobretudo acerca de desafios reais enfrentados, abre-se a oportunidade para que o outro enxergue em si próprio o seu potencial para vencer desafios.
“Quando se fala em sucessão pensamos em assuntos patrimoniais e jurídicos. Alguns esquecem da questão emocional, de tudo que é envolvido na relação entre pais e filhos e outros sujeitos envolvidos na família dentro deste processo”, afirma.
A empreendedora é da cidade de Laranjeiras do Sul, no sudoeste do Paraná e segue em processo sucessório dos negócios da família.
A reitora da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), professora Lissandra Lopes Coelho Rocha, foi representada pela diretora de graduação da instituição, Cláudia Reis.
Cláudia classificou a proposta apresentada como sendo de grande relevância, visto que a apresentação do conteúdo tem o potencial de conscientizar a mulher acerca do papel de relevância que possui, devendo ela ser capacitada para o ato de gerir e empreender.
“Apresentar a essa nova geração o ato de empreender, que é uma competência e habilidade que precisa ser desenvolvida logo bem cedo, para que elas possam assumir essa sucessão na gestão do agro é importante e corrobora a missão da Univale que é de transformar a vida das pessoas por meio da educação”, enfatiza a entrevistada.
A diretora de graduação enumera ainda que a Univale é uma parceira de movimentos do tipo, no sentido de dar palestras, capacitar, apoiar e ajudar na formação do público feminino.
Juliane Brasileiro, uma das envolvidas na organização, também esteve presente. Segundo ela é necessário inserir a mulher em todo contexto do agronegócio. O tema da sucessão familiar, portanto, é de grande relevância para a região e o setor como um todo. Especialmente porque a mulher está intimamente ligada a esta área.
“Entendo que a mulher é uma formadora de opinião dentro do seu lar, ela estando inserida neste meio, ela consegue engajar sua família para que o processo sucessório seja feito”, reforça. Ela ainda acrescenta que o agronegócio tem aberto as portas para as mulheres e se expandido para este público.
Maria Tereza Magalhães, cuja origem está intimamente ligada ao campo, foi uma das espectadoras da palestra. Sendo filha de um produtor rural, enxergou no evento uma forma de expandir seu conhecimento e abrir novos horizontes num mercado que na sua visão está em franca expansão.
“Esse evento vai me trazer mais conhecimento para que, futuramente, possa ser uma liderança nos negócios da família”, pontuou.
A participante deixou um recado para a mulher que acha que não tem capacidade de liderar e prosperar.
“Você que quer tomar as frentes de algum negócio. Que quer entrar, empreender, saiba que você é capaz e competente. Que você tem uma inteligência imensurável. O agronegócio nada mais é que uma junção entre o homem e a mulher. Antes de tudo, acredite em si!”, pontuou Maria Tereza.
A Voz da Mulher Empreendedora: Gestão e Sucessão Familiar foi uma realização em conjunto da União Ruralista Rio Doce (URRD), Sindicato Rural, Cooperativa Vale do Rio Doce, Sicoob Crediriodoce, Sebrae, Sistema Faemg/Senar, Rehagro e da Univale.
