Os 23 dias passados em Ruanda, país localizado no centro do continente africano, proporcionaram experiências transformadoras para a estudante do 4º período do curso de Medicina da UNIVALE, Maressa Lacerda. Na noite de terça-feira (27), ela fez uma palestra para seus colegas de curso, relatando o que aprendeu durante o intercâmbio na África.
“Eu passei lá 23 dias, e isso com certeza somou muito à minha experiência como futura médica e também como pessoa. Nós tivemos muita prática médica, muitas palestras e muitas visitas técnicas de campo. Conhecemos vilarejos e grandes cidades”, avaliou Maressa, em entrevista para a UNIVALE TV. Além de conhecer a realidade africana, ela também trocou experiências com outros intercambistas, oriundos de países da Europa, Ásia e América do Norte.
Após se formar em Medicina, um dos caminhos que Maressa pensa em seguir na carreira é o da especialização em Pediatria, e uma das oportunidades que ela teve no intercâmbio em Ruanda foi a de acompanhar um parto pela primeira vez.
“Eles têm a forma própria de fazer Medicina, que é diferente da nossa em alguns pontos, mas muito parecida em outros pontos. É um choque de realidade. Aprendi muito sobre humanidade, sobre pequenas coisas que às vezes a gente não valoriza, mas são privilégios. O rastreio, tratamento e diagnóstico de HIV deles é fantástico, bem superior ao do Brasil. Mas estamos muito à frente na formação de especialistas médicos”, comparou a estudante.
Oportunidades de intercâmbio em Medicina pelo IFMSA
O intercâmbio de Maressa foi pela Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina (IFMSA, na sigla em inglês), e outros estudantes da universidade já tiveram oportunidade semelhante com o programa, que na UNIVALE é coordenado pela professora Elaine Scherrer. Também foi pela IFMSA que intercambistas de Medicina de outros países vieram ao Brasil e tiveram aprendizados na UNIVALE.
“Já existe essa Federação, e nós transformamos aqui em um programa de extensão. Temos vários comitês, dentro deles um que possibilita ao aluno fazer intercâmbio, tanto nacional quanto internacional. A Maressa foi para Ruanda e agora conhece outra realidade, uma cultura que ela não conhecia, além de metodologias que são ensinadas lá e não são aplicadas aqui. E a gente recebe também intercambistas de fora do país e de outras universidades. É o momento do estudante compartilhar experiências vividas lá fora, e do que se leva daqui da universidade para fora. É uma troca de experiências dentro do meio médico”, explicou a docente.